Prefeito Maicon Grosskopf e secretário de Governo, Josnei Grosskopf, estiveram na Câmara na terça–feira. Executivo aponta que concessão é a melhor opção para utilização e conservação dos espaços
O vereador de Piên Giomar da Rosa solicitou via requerimento à prefeitura de Piên, o cancelamento dos contratos da lanchonete e do galpão do Parque Municipal. O contrato visa a permissão para uso da utilização dos espaços para instalação e exploração da lanchonete e da cantina.
“Pedi para que o jurídico da Câmara averiguasse o processo, pois o mesmo deveria ter passado pela Câmara”, disse o parlamentar. Juma, como é conhecido, reforçou que é dever dos vereadores cumprirem a lei. “Queremos nos reunir com o Executivo para discutir essa questão”, acrescentou.
A vereadora Seandra Cordeiro afirmou que a concessão precisa ser revista. “As concessões podem nos ajudar. Mas desta forma, sem consulta ao Legislativo, é preciso discutir melhor. Soubemos pela população e depois que estava no diário oficial”, disse. A legisladora disse que neste caso houve um erro. “Precisamos voltar e rever este assunto”, pediu.
Almir Mielke reconheceu que a concessão é necessária. “Precisamos rever a parte jurídica”, ressaltou. “A concessão é viável ao município. O pavilhão gera uma série de gastos. Precisamos só verificar se está tudo de acordo com a lei”, disse.
Altevir Antônio Minickovski, o Tevo, afirmou que não há briga pelo poder, mas que os parlamentares souberam da concessão pela população. “Podemos sentar e verificar se não tem algo que possa ser feito”, disse, ressaltando que há uma cobrança da população aos vereadores.
Joelsio Buba afirmou ser contra o requerimento. “O responsável passará 10% do valor arrecadado para a prefeitura. Nunca tivemos grandes retornos do pavilhão. O ganhador da concessão é uma pessoa que terá que investir”, disse, ressaltando que no caso do ginásio de esportes há uma estrutura reformada. “O valor como o do ginásio é pequeno”, disse.
Seandra reafirmou que não acha justo a cobrança da população mesmo que o espaço tenha sido reformado. “Concordo com a cobrança em locais particulares. Quem não puder pagar, tem que ter um lugar de graça para utilizar” rebateu. “Precisamos encontrar uma nova forma de gerenciar aquele local”, enfatizou. “É hora de sentar e tentar resolver”, acrescentou Seandra. Clever Beil afirmou ser contra o valor cobrado, mesmo que o ginásio tenha ficado bonito.
O vereador Dori Ritzmann afirmou que estudou sobre a concessão. “Estudei um pouco sobre a concessão e mesmo que ela seja uma saída, foi errado a forma como os vereadores ficaram sabendo”, disse. O parlamentar afirmou não ser a favor do requerimento. “Quero estudar melhor”, afirmou.
O vereador Valdir Taborda comentou que ainda não tem nenhum posicionamento definido referente a questão. “Voto em branco. Vou ler a concessão e ver o que vou fazer”, disse. Seandra retomou a palavra e disse que não é contra a concessão, mas que ela precisa ser melhor avaliada. “Questionamos porque não falaram com a Câmara”, ressaltou.
O prefeito Maicon Grosskopf e secretário de Governo, Josnei Grosskopf, estiveram na Câmara. De acordo com o prefeito, há um entendimento do jurídico da prefeitura que esse tipo de concessão é viável. “É de competência da prefeitura”, disse. Segundo Maicon, a prefeitura não está cedendo o local, mas o direito de uso.
O prefeito afirmou que a concessão é necessária. “Tínhamos os prédios públicos fechados, sem utilização, sem ninguém cuidando”, disse o prefeito, afirmando que estava tendo o registro de vandalismo.
Maicon citou como exemplo a falta de concessão da rodoviária. “Esse é um local que está totalmente sem uso e há poucos dias, tivemos o roubo de toda a fiação elétrica”, disse. O prefeito afirmou que não consegue inserir um guardião em cada prédio público para monitorar os espaços. Tornando então, a concessão, a melhor estratégia a ser tomada.