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2024

Estudantes terão mudanças no sistema de ensino em 2022

Com início das aulas no dia 7 de fevereiro, mudanças gradativas devem impactar rotina escolar, é o Novo Ensino Médio

Estudantes da rede estadual voltam para as aulas na próxima segunda-feira com uma série de mudanças. Entre elas, uma organização da aprendizagem por áreas do conhecimento. Os novos formandos, ao final do ensino médio, receberão além da certificação na modalidade, um diploma de curso técnico ou profissionalizante.

O novo Ensino Médio será por áreas de conhecimento e não por matérias. A divisão ocorrerá por quatro áreas do conhecimento e uma formação técnica e profissional. Fazem parte da nova estrutura dos estudantes até 1.800 horas de carga horária que devem contemplar habilidade e competências que tem relação com quatro áreas de conhecimento, sendo: Matemática e suas Tecnologias; Linguagens e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Os estudantes devem ter no mínimo 1.200 horas que serão flexíveis e serão reservados para a Formação Técnica e Profissional.

Entre as principais mudanças estão o aumento da carga horária dos alunos, adoção de uma base comum curricular e a escolha de um conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, que os estudantes poderão escolher. O novo modelo deve ser implantado de forma gradual com foco na formação dos estudantes.

Os diretores do Colégio Alfredo Greipel Junior, de Piên, Cleudane de Andrade e Leandro Bineck, afirmam que vêm o novo Ensino Médio como um grande desafio para os estudantes e todos os funcionários que compõem a comunidade escolar. “Vemos essa proposta do Novo Ensino Médio para os alunos dos 1°s anos como um grande desafio, tanto para os alunos como para os professores, funcionários, equipe pedagógica, gestão escolar e também para os familiares”, afirmam.

Segundo os diretores, com a ampliação da carga horária escolar dos estudantes do 1° ano, que antes tinham 800 horas/aula, passarão a ter 1400 horas/aula, exigindo uma nova adaptação escolar. “Os alunos ficarão mais tempo na escola e nesse sentido a instituição precisa se estruturar para oferecer um ensino de qualidade para todos”, pontuam.
De acordo com Cleudane, a reestruturação vai além dos conteúdos planejados, pois a escola precisa oferecer alimentação para os alunos que ficarão mais tempo na unidade de ensino, transporte, recursos pedagógicos e tecnológicos, além de disponibilizar mais salas de aula.

Renato defeque que a mudança do currículo deve ser feita de maneira responsável. Foto: Divulgação

O diretor auxiliar do Colégio Estadual Desembargador Jorge Andriguetto, de Fazenda Rio Grande, Renato Aleikseivz, defende que embora a proposta de mudança, onde os estudantes poderão escolher as áreas para aprofundamento é atrativa, é preciso analisar com cautela o novo método. “Ainda não é muito compreensível como as instituições de ensino organizarão esse aprofundamento. É bastante temerário uma mudança no ensino que, por exemplo, claramente não oferece uma equidade entre áreas”, afirma.

Segundo o diretor, se comparado com a matriz curricular de outros estados, haverá uma diminuição da área de Ciências Humanas. “As disciplinas de Filosofia e Sociologia, notadamente, sofreram uma diminuição drástica em suas cargas horárias”, explica. Renato afirma que é preciso repensar no compromisso com a formação integral dos estudantes, pois ela é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.



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