Decisão foi anunciada nesta semana, após reunião do Conselho de Parcerias do Paraná
O Parque Estadual do Monge, situado no município de Lapa, foi incluído no Projeto de Concessão de Unidades de Conservação (UCs) do Paraná, conforme decisão publicada na última segunda-feira em ata da 9ª Reunião do Conselho do Programa de Parcerias do Paraná (CPAR). Após aprovação no Conselho, a próxima fase é de estudos iniciais da proposta, com análise de potencial do parque.
Com a medida, o parque se torna a terceira UC do Paraná no projeto de concessão à iniciativa privada, que prevê a exploração do turismo sustentável, com investimentos por parte da empresa vencedora da licitação, por meio de parceria com o governo do Estado. Os investimentos realizados, como novas atrações turísticas e reformas no local, definidas no edital, retornam ao poder público e à população.
O secretário Márcio Nunes, presidente do CPAR, comenta sobre o potencial turístico paranaense. “O turismo que mais vai crescer no mundo é o de grandes negócios ligados à natureza. O Paraná possui muito potencial no setor, mas precisamos da iniciativa privada para promover atrações, conquistar novos turistas ao Estado e oferecer segurança aos visitantes”, aponta.
A concessão de Unidades de Conservação do Paraná integra o Programa Parques Paraná, desenvolvido pelo Instituto Água e Terra (IAT). A modelagem é conduzida pela Superintendência Geral de Parcerias do Paraná (SGPAR). Ambos são vinculados à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest).
O diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, explica que para fazer parte do projeto de parcerias é preciso ter um atrativo mínimo de infraestrutura. “Hoje o ecoturismo e o turismo de aventura bem coordenados e planejados são instrumentos para a conservação da biodiversidade em um Estado com mais de 1,2 milhão de hectares de Unidades de Conservação”, afirma.
De acordo com o superintendente-geral de Parcerias do Paraná, Ágide Meneguette, cada Unidade de Conservação tem seus estudos sobre os investimentos obrigatórios a serem feitos pela iniciativa privada e a viabilidade econômica que o local oferece. “Privatizar é uma coisa e conceder é outra. Em um, entregamos ao privado, e no outro apenas concedemos essa exploração por um período determinado e os benefícios retornam aos paranaenses”, diz.
Parque do Monge – Situado na cidade da Lapa, o Parque Estadual do Monge recebeu este nome por possuir uma gruta que teria sido abrigo de um monge ermitão, entre 1847 e 1855. O monge chamado João Maria D’Agostini se dedicou ao estudo de plantas da região, fazendo orações públicas e medicando enfermos, tornam-se assim um líder religioso.
As principais atrações do Parque caminham na direção do turismo religioso, com a Gruta do Monge e uma fonte que, acredita-se, ser milagrosa. Os atrativos atraem um grande número de fiéis e visitantes movidos pelo poder da fé, que deixam diversos objetos, acendem velas e colocam flores em sinal de agradecimento pela graça alcançada.