Em 2020, no mês de março, o governador Ratinho Junior determinava o fechamento dos serviços considerados não essenciais no estado. O objetivo era reduzir o número de pessoas em circulação e assim conter o coronavírus.
Só estava liberada a abertura de clínicas, hospitais e laboratórios. Além de mercados, bancos, postos de gasolina, comércio de água e gás e estabelecimentos que fizessem a venda de alimentos, com a modalidade delivery.
Impactos no fechamento de empresas: de acordo com a Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 716.000 empresas fecharam as portas. Do total de negócios fechados, quatro em cada 10 (522.000 firmas) afirmaram ao IBGE que a situação deve-se à pandemia.
O coronavírus teve um impacto negativo em todos os setores da economia, mas afetou particularmente o comércio (39,4%) e os serviços (37%), principalmente nas pequenas empresas. Entre os negócios que não voltarão a operar após a crise covid-19, 99,8% são de pequeno porte.
Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a média de empresas fechadas a cada ano é de 10%, o que equivale a cerca de 600 mil empresas, menos do que as mais de 700 mil fechadas no período de junho do ano passado.
As 2,7 milhões de empresas que ainda estão abertas também sentiram as consequências da crise econômica pela pandemia: desde a chegada do covid-19 ao país, 70% delas relataram queda nas vendas ou serviços, enquanto 948,8 mil empresas tiveram a ser despedido durante este período de trabalho. Além disso, apenas 12,7% das empresas podem usar o crédito governamental de emergência para pagar salários. Apenas 13,6% das empresas disseram que a pandemia trouxe oportunidades e teve um impacto positivo em suas empresas.
A empresária Danielle Moraes resolveu encerrar as atividades de sua clínica que contava com atendimento médico e estético, por acreditar, que esse período de pandemia duraria um tempo grande para passar. Danielle comenta que a prestação de serviços dos profissionais como médicos e esteticistas impossibilitava o cumprimento a agenda de atendimentos por conta da pandemia.
“O custo era muito elevado”, afirma. Ela acredita que hoje, foi uma das melhores decisões que tomou, pelo cenário não ser favorável, e a falta de previsão de uma retomada econômica do país.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Piên e Agudos do Sul, Wilson Luiz, argumenta que a tecnologia foi aliada a readequação das empresas. Já no quesito de entregas de mercadoria o delivery ganhou força, já que as vendas por internet decolaram, tendo a prestação de serviços online ganhado força.
Luiz aborda que as parcerias e o acesso facilitado a informação contribuíram nesse período. “Em parcerias com Sebrae e prefeitura por exemplo, durante este período via associação comercial pudemos ofertar mais de 10 treinamentos em diversas áreas, gratuitos aos empresários”, conta. O presidente reconhece que essas ações não resolvam a origem do problema, mas são ferramentas que se bem usadas, ajudam na sobrevivência.
O consultor do Sebrae/PR João Luis Moura argumenta que embora o cenário seja difícil, houve uma valorização dos pequenos negócios. “Movimentos como compre do pequeno e consumo local demonstraram a sensibilidade e empatia da população com os pequenos negócios”, afirma. Moura defende que é uma forma de estimular as pessoas a comprarem mais dos negócios e lojas de seus próprios bairros