As polícias Civil e Militar do Paraná apreenderam 4.670 armas de fogo durante os nove primeiros meses deste ano, de acordo com relatório do Centro de Análise, Planejamento e Estatística, da Secretaria da Segurança Pública do Paraná. Dos 399 municípios paranaenses, 173 (43%) tiveram aumento no número de apreensões de armas se comparado janeiro a setembro deste ano com o mesmo período do ano anterior.
O maior número de apreensões de armas de fogo se concentra em Curitiba (458 armas), seguido por Foz do Iguaçu (184), Cascavel (178), Londrina (142), Ponta Grossa (127), Guarapuava (148) e São José dos Pinhais (98). Para o secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, o grande número de apreensões é resultado do trabalho integrado desempenhado pelas forças policiais estaduais no combate ao crime.
“Quando apreendemos uma arma de fogo, evitamos que seja utilizada em outro crime, o que fez reduzir os índices de roubos e homicídios no Estado, por exemplo, neste ano”, disse ele. “E a melhor maneira de tirarmos armas das mãos dos criminosos é por meio da atividade policial e a partir de denúncias”.
Dos 173 municípios que tiveram aumento no número de apreensões de armas de janeiro a setembro deste ano, os números mais expressivos foram Castro (116%), Arapongas (130%), São Jerônimo da Serra (157%). Além destes, Campina da Lagoa, que no ano anterior tinha registrado a apreensão de quatro armas de fogo, este ano apreenderam 21.
Em Japurá, município da região Noroeste do Paraná, em uma única ocorrência, em julho deste ano, foram apreendidas 21 armas. A ação foi possível após uma denúncia anônima para a Polícia Militar, o que resultou em um aumento no número de apreensões (foram 2 armas de janeiro a setembro de 2018 e 23 no mesmo período deste ano).
Policiamento – O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Péricles de Matos, atribui o alto índice de apreensão de armas de fogo ao maior policiamento nas ruas, aumento no número de operações realizadas e também a ações prévias e de inteligência das polícias.
“Antes das operações nós desenvolvemos um intenso trabalho de inteligência policial, a qual aponta que certas pessoas daquela região frequentam um determinado local, numa determinada hora. Efetuamos a prisão, e junto com a atividade delituosa vem a arma”, esclareceu.
“O importante para a população é que cada arma, ao ser apreendida, evitará um crime futuro. Quando nós retiramos uma arma de circulação é menos um estupro, menos um ou dois homicídios, ou menos dois ou três roubos, que poderiam ser cometidos com aquela arma de fogo”, completa o comandante-geral.
Tipos – Dentre as armas mais apreendidas no Estado estão o revólver (1.918), a espingarda (1.190), a pistola (940), a garrucha (268), a carabina (173), o rifle (68), o garruchão (43), o pistolete (23), o fuzil (15) a metralhadora (12) e a escopeta (18).
O delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Riad Braga Farhat, ressalta que a apreensão de armas colabora para a inibição de mais crimes. “Dentro dos 60 mil homicídios do país, a maioria é cometida por arma de fogo. Então, cada arma que as polícias civis, militares, federal e guardas municipais tiram de circulação, da mão de traficantes, assaltantes, ou mesmo de pessoas que não tem autorização para estar armadas, é um ganho para a sociedade”, afirma.
Para denunciar o tráfico de armas, como outros crimes, de maneira totalmente anônima, o cidadão pode ligar para o Disque Denúncia 181. “Nós garantimos o seu anonimato, ajude as polícias a combater o crime organizado e evitar, principalmente, homicídios”, ressaltou o secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho.
Fonte: AEN