Hoje escrevo para provocar uma reflexão aos leitores desta coluna. Na correria que a “vida moderna” nos impõe, uma pausa para reflexões cabe bem. Uma pergunta bastante importante que devemos fazer ao final de cada mês é: Qual é o meu saldo ambiental? O que eu fiz pelo meio ambiente? Quanto de lixo eu gerei? Separei os recicláveis? Utilizei mais o transporte coletivo?
Quando falamos em saldo ambiental estamos realizando um levantamento de tudo aquilo que realizamos de positivo no quesito meio ambiente e também daquilo que causamos de dano ao planeta. Logicamente, a proporção destes dois pode não causar um trauma na sua cabeça, mas devemos sempre pensar no que a Educação Ambiental nos convida: pensar globalmente e a agir localmente.
Em um simples churrasco de final de semana já podemos ter noção de nosso impacto. Temos as embalagens da carne escolhida, do pão de alho, do carvão, das bebidas, dos vegetais, da salada…. Avançando um pouco podemos imaginar o quanto de impacto este evento corriqueiro dos finais de semana de quem mora no Sul do Brasil pode causar e como podemos diminuir este impacto. Antes de ser taxado de “eco- chato” ou “bio- desagradável” só vale ressaltar a minha intenção: reflexão, até porque o churrasco já faz parte de nossa cultura e tradição.
Somos seres viventes de um planeta aonde não existe “fora”. Quando falamos em jogar fora, estamos jogando tudo dentro de nosso planeta só que em algum outro canto distante de nossos olhos. Temos o dever ético e moral de como bons cidadãos e co- irmão desta casa chamada Planeta Terra pelo menos trabalharmos para reduzir nossos impactos. É possível refletir para aí sim darmos início ao verbo “agir”.
Por: Raphael Rolim de Moura – Biólogo, Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor universitário e atualmente ocupa Diretoria na Comec