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novembro
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2024

Lavouras de tabaco sofrem perdas de produção com o excesso de chuvas

Abel Liebl mostra parte da lavoura afetada pelo excesso de chuvas. Ele investiu na compra de mais insumos para amenizar perdas. Foto: Arquivo/O RegionalO excesso de chuva das últimas semanas tem causado prejuízos a uma série de lavouras de tabaco em toda a região. Em virtude das condições climáticas desfavoráveis, a safra 2018/2019 teve o desenvolvimento afetado e obrigou os fumicultores a investirem valores extras na compra de insumos na tentativa de salvar parte da produção.

Um dos agricultores que contabiliza prejuízos é Abel Liebl, da localidade de Gramados, em Piên. Ele conta que nesta safra plantou 80 mil pés de fumo, mas, em cerca de 18 mil deles o acúmulo de água afetou drasticamente o desenvolvimento da planta. “O fumo ficou pequeno e amarelado, além de florescer em uma parte. Após o período chuvoso, investi mais R$ 4.500,00 na compra de adubo extra para aplicar na lavoura. Em alguns pontos, o insumo aplicado surtiu efeito e o tabaco reagiu, mas em 6 mil pés não obtive sucesso e a perda será total”, estima Abel. Outra dificuldade causada pelas chuvas foi a erosão do solo. “Além de levar boa parte dos insumos, a força da água também abriu grandes valetas. Realizo todo o manejo necessário para não ter esses e outros problemas, no entanto, em virtude dos temporais isso foi inevitável”, lamenta Abel, que neste ano também já contabilizou perdas com queda de granizo e ventos.

De acordo com o inspetor de campo da Afubra, Vilmar Niser, os prejuízos causados pelas condições climáticas ainda não são possíveis de serem calculados neste primeiro momento. “Certamente haverá uma perda, já que fumicultores de vários municípios enfrentam essa dificuldade”, conta Vilmar, recomendando ao produtor que procure orientação técnica da empresa fumageira. “É fundamental que o agricultor tenha esse suporte técnico para buscar melhorar a produtividade e amenizar os danos”, salienta.

Ainda segundo Vilmar, a falta de luminosidade das últimas semanas, somado ao excesso de água, foi o que acabou acarretando no baixo desenvolvimento da lavoura. “O tabaco é uma cultura de verão, que precisa de calor para se desenvolver. O tempo fechado e as chuvas tiraram o insumo do solo, afetando o enraizamento da planta e fazendo que ela ficasse amarela e em outros casos até mesmo apodrecesse”, conta Vilmar, esperando que o clima melhore. “Certamente, as condições desta safra estão mais difíceis que a anterior. Mesmo assim, em boa parte da produção, há tempo para recuperar ao menos parte da lavoura, mas para isso é fundamental que o clima favoreça”, concluiu

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