Dois dias após as eleições municipais de outubro de 2016, o então candidato a prefeito de Piên, João Padeiro (PSDB) e outras cinco pessoas, incluindo seu pai e irmão, foram acusados pelo prefeito da época, Gilberto Dranka (PSD), de contratarem alguém para matá-lo durante o período eleitoral. Dranka, inclusive registrou Boletim de Ocorrência e pediu investigação do caso. A acusação foi repercutida na cidade e resultou num processo que transcorreu na Comarca de Justiça de Rio Negro nos dois últimos anos e foi julgado na última segunda-feira.
Contrariando a acusação de Gilberto Dranka, João Padeiro abriu processo por danos morais e difamação e tornou pública sua indignação pelo constrangimento e injustiça que foi exposto. Após longo período de audiências, Dranka não conseguiu provar as acusações, enquanto que João Padeiro teve ganho de causa no processo. O juiz Rodrigo Morillos deu sentença na qual Dranka deverá fazer retratação pública e pagar multa de R$ 15 mil.
Nesta semana, João Padeiro falou com a imprensa e relatou que a acusação foi uma trama para desviar atenção de outras questões na cidade. “Foi muito difícil conviver com tudo isso, ser inclusive taxado como criminoso por parte da sociedade. Felizmente, os fatos foram esclarecidos”, enfatizou. João Padeiro também ressaltou que a mesma justiça feita nesse caso precisa acontecer em relação aos assassinatos de Genésio Almeida e Loir Dreveck, que estão em fase de julgamento. “A população de Piên está esperando por essa resposta”, destacou.
Segundo João, o valor a ser recebido da indenização será destinado para entidades beneficentes do município.
