O clima seco dos últimos dias, somado à interferência humana, são fatores determinantes para a alta no índice de queimadas ambientais, resultando em uma série de prejuízos ao meio ambiente.
Dados obtidos junto ao Sexto Grupamento de Bombeiros (6ºGB) apontam que em 2017, nos meses de junho, julho e agosto, período de maior incidência de casos, foram contabilizados nos dez municípios do suleste paranaense 33 ocorrências de incêndios florestais, enquanto que no mesmo período deste ano, foram 81, uma alta de 145%. Na mais recente ocorrência, cerca de cinco mil metros quadrados de vegetação foram atingidos em um incêndio no Parque Estadual do Monge, na cidade da Lapa.
De acordo com o soldado Vicente, do Corpo de Bombeiros da Lapa, neste período do ano a incidência de queimadas aumenta devido à formação de geadas, que acabam secando a vegetação. “Na grande maioria dos casos, os incêndios são causados por falha humana. Algumas pessoas deixam o terreno o ano inteiro sem limpar e aproveitam para atear fogo na vegetação seca, fugindo do controle”, afirma.
O bombeiro explica sobre os casos de incêndio enquadrados como crime ambiental. “São considerados crimes as ocorrências em áreas de preservação ambiental. Por isso, se tem um terreno que precisa fazer uma queimada controlada, é necessário avisar os vizinhos e a emergência para identificar a área”, salienta Vicente, apontando ainda que algumas atitudes são fundamentais para a prevenção. “Recomenda-se a limpeza frequente da área, a criação de aceiros de, no mínimo, 15 metros de distância de edificações e evitar jogar entulhos no mato”, orienta.