O tema inclusão social, apesar de bastante debatido, ainda é uma realidade muito distante em vários segmentos da sociedade. Em Mandirituba, no entanto, o Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco vem fazendo a sua parte e está desenvolvendo projeto de língua de sinais nomeado Mãos que Falam.
De acordo com a professora intérprete, Ana Paula Toledo de Bassi, o projeto foi iniciado em março, quando os alunos do 9º ano “A” solicitaram à direção do colégio para que fossem desenvolvidas aulas de libras, já que a estudante da turma, Hellyn Novak Cordeiro, tem deficiência auditiva. “Foi algo que nos surpreendeu pela grandeza da atitude, todos queriam poder entender e se comunicar melhor com a aluna, a qual é muito inteligente e que faz uso da língua de sinais”, destaca a professora.
Para desenvolver estas atividades na grade curricular, as professoras Ângela Rocha e Ingrid Santos foram solícitas e cederam tempo de suas aulas. “Através desta iniciativa, implantamos uma aula por semana. No começo, os alunos tiveram algumas dificuldades, mas, agora, conseguem uma boa comunicação com a Hellyn. Ela ficou encantada com este projeto”, relata Ana Paula, enfatizando a importância do envolvimento de toda a turma. “Temos outras séries que também querem ter aulas de libras. Além disso, implantamos no ambiente interno do colégio placas com sinais dos respectivos lugares”, salientou.
Para o diretor do colégio, Natálio Vilmar Ribeiro, este projeto visa destacar a importância de se trabalhar a inclusão social. “É fundamental este desejo dos estudantes em buscar incluir uma aluna surda. Quem sabe eles repassem à sociedade esta visão, já que em muitos ambientes as pessoas surdas não são compreendidas e se sentem excluídas. Daremos todo o apoio a este projeto”, conclui.