A agricultura é uma das principais fontes de renda para a população e tem um papel fundamental também na economia do país e, principalmente, da região. Uma das culturas que vêm se destacando e ganhando espaço é a da soja, onde os produtores deram início nas últimas semanas à colheita da safra 2017/2018.
Um dos agricultores que já começaram a colher a soja é Rafael Durman, que nesta safra plantou 1.000 hectares. “Trabalho há 20 anos com esta cultura e nesta safra espero que a produtividade se mantenha em torno de 80 a 85 sacas por hectare”, relata o produtor, que reside em Contenda e tem parte de sua lavoura na localidade de Ribeirão Vermelho, em Campo do Tenente. “Entrego minha produção na Cooperativa Bom Jesus e espero concluir toda a colheita até o próximo mês”, estima Rafael, analisando o momento vivido pela agricultura. “Também cultivo batata, mas as oscilações de preço fizeram com que muitos produtores buscassem novas alternativas. A soja apresenta uma segurança maior de investimento neste sentido”, avalia.
De acordo com o gerente da unidade da Cooperativa Agroindustrial Bom Jesus de Quitandinha, Leandro Filipak, o auge da colheita deve acontecer nas próximas semanas, se estendendo até o fim do mês de abril. “Neste ano, as condições climáticas podem ter afetado um pouco a produtividade, já que tivemos períodos de estiagem e outros de excesso de chuva. Temos registrado até o momento, uma média de 70 sacas por hectare”, estima Leandro. “A produtividade também varia conforme o investimento tecnológico aplicado pelo agricultor, aliado às corretas práticas de manejo”, ressalta.
Atualmente, o preço da saca de soja está cotado em cerca de R$ 73,00. “Há algumas semanas, o valor da saca estava em R$ 62,00, no entanto, devido aos prejuízos causados pela seca na Argentina e a alta demanda no mercado, o preço teve uma boa melhora. No ano passado, a média da venda ficou em torno de R$ 68,00 a saca”, detalha Leandro, relatando que nesta safra a área plantada teve um aumento na região. “Isso se deve, principalmente, porque o preço do milho na época do plantio não pagava sequer os custos de produção. Por isso, muitos migraram para a soja”, concluiu Leandro.