A privatização das rodovias paranaenses voltou a tona com força total neste ano, justamente às vésperas da eleição estadual. E as diversas opiniões e manifestações a respeito da cobrança de pedágio no Paraná ganharam um ingrediente todo especial com uma nova fase da Operação Lava Jato que identificou o pagamento de propinas e o superfaturamento de eventuais obras realizadas pelas empresas concessionárias.
Já é praticamente unanimidade entre os usuários que se paga muito caro as tarifas de pedágio no estado. Além disso, as rodovias não oferecem toda a infraestrutura e condições que justifiquem toda essa arrecadação financeira.
Cabe ainda ao pedágio, boa parcela de culpa pela queda de rendimento dos transportadores de cargas e outros prestadores de serviços. E, claro, principalmente a baixa competitividade do setor produtivo paranaense em comparação com outros estados. O produto local chega mais caro aos seus destinos.
Em 2021 termina o contrato que foi feito pelo governo do estado, ainda na época do governador Jaime Lerner, com as empresas que administram as rodovias estaduais. Com isso, são duas opções, renovar a concessão e deixar que as mesmas empresas continuem atuando, ou realizar nova licitação.
O que realmente se espera é que sejam encerrados os atuais contratos e abra-se novo processo licitatório. É a melhor forma de mudar o quadro atual onde o usuário paranaense paga muito por pouco. Uma nova licitação pode resultar na redução das tarifas e na execução de obras fundamentais para ampliar a segurança dos usuários, o tráfego e o escoamento da produção estadual.
Uma nova licitação pode também melhorar situações pontuais como da cidade da Lapa e o bairro Mariental, Mandirituba e Fazenda Rio Grande, e Campo do Tenente e Rio Negro. As autoridades regionais precisam ficar atentas e de alguma forma se incluir nesse processo. Ou se tem essa disposição ou a região perderá mais uma vez a oportunidade de expor suas reivindicações.