terça-feira, 26
 de 
novembro
 de 
2024

Estamos endividados

São cada vez mais preocupantes os números que tratam da situação dos brasileiros com contas em atraso ou já registrados nos cadastros de devedores. Atualmente, são 59,9 milhões de brasileiros que se encontram em uma dessas situações, o que representa 39,5% da população com idade entre 18 e 95 anos. Para piorar a situação, essa proporção de endividados vem crescendo a cada mês.

É claro que a crise econômica e o desemprego são os grandes responsáveis por esse triste cenário no país, mas é importante destacar que a população também tem sua parcela de culpa, pelo simples motivo de gastar mais do que arrecada. Quanto maior o número de inadimplentes, maior é a restrição do acesso ao crédito e a perda de potenciais consumidores para as empresas. Menor movimentação na economia.

Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), a estimativa por faixa etária revela que é entre os 30 e 39 anos que se observa a maior frequência de negativados. Em novembro, praticamente metade da população nesta faixa etária (49%) tinha o nome inscrito em alguma lista de devedores. Também merece destaque o fato de porcentagem significativa da população com idade entre 40 e 49 anos (47%) estar negativada, da mesma forma que acontece com os consumidores com idade entre 25 a 29 (46% em situação de inadimplência). Entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 21%. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 31%.

Ou seja, embora algumas faixas etárias tenham mais ou menos pessoas inadimplentes, a preocupação é geral.

Existem dois aspectos que podem mudar essa realidade: a retomada da economia e recuperação dos postos de trabalho e a educação financeira. Nesta edição de O Regional estamos trazendo uma reportagem especial que fala sobre endividamento nesta época do ano. Muitas pessoas, motivadas pelas festas de fim de ano, acabam comprando mais do que podem ou do que realmente necessitam.

A inadimplência é um problema muito sério e que compromete expressivamente nossas vidas e nossa programação de futuro. Portanto, é fundamental que tenhamos consciência sobre nossa real situação financeira e até onde ela pode nos levar.

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