Estamos vivendo um momento de profunda crise e muito desemprego. E também estamos vivendo – cada vez mais – momentos de senso de justiça e injustiça, e de divisão de classes. Você já deve ter ouvido, em algum momento, a referência sobre esquerda ou direita. Neste emaranhado geral, muitos se consideram injustiçados, excluídos, se dizem minoria.
Nesta semana, um vídeo do chargista Mauricio Ricardo circulou pela internet e chamou bastante atenção. Segundo ele, a verdadeira minoria injustiçada no país são os empresários de bem. Aquele que gera dois, cinco, dez, cem empregos e que“rala” dia após dia para manter seu negócio vivo mesmo com a brutal carga tributária brasileira e o cumprimento de todos os direitos trabalhista. Nesta linha do Mauricio Ricardo é possível provocar uma reflexão com uma indagação bem direta: – você tem coragem de abrir um negócio?
Imagine que você tenha um dinheiro à sua disposição, o que é mais prudente? Colocar no banco para render juros? Comprar um bem material com possibilidade de valorização? Deixar guardado? Ou abrir um negócio? Qual dessas alternativas tem maior risco de insucesso? Num país igual o Brasil ser empreendedor requer muita coragem e disposição. Gerar empregos é coisa para sonhador. Por tudo isso é que a provocação do chargista ganhou as redes sociais. Neste momento de crise, não dá para condenar o empregador. É mais fácil ser radical. Porém, é preciso lembrar que existe patrão explorador, e também empregado explorador. Como sempre, não dá para generalizar.
Esses chamados de empresários do bem, são exatamente aqueles que vivem nas suas cidades, que você encontra na rua ou no comércio, e que são responsáveis pela manutenção de renda de muitas famílias. É importante separar os bons do ruins e reconhecer que nada acontece por acaso. A luta não é só da classe trabalhadora, é também da empreendedora.