O Dia Internacional da Mulher, comemorado na última quarta-feira, é uma data em que anualmente são celebradas as lutas e conquistas da classe feminina. A luta contra a desigualdade salarial, o fim da violência doméstica e maior participação das mulheres na política são algumas das bandeiras defendidas hoje.
Um dos marcos deste público também está relacionado ao ingresso no ensino superior e os cursos de qualificação, onde as mulheres vêm sendo maioria. Dados recentes do Censo da Educação Superior revelam que as mulheres são 60% dos que concluíram os cursos superiores no país em 2015.
No município de Piên, por exemplo, a Associação dos Universitários estima que são 30 mulheres associadas contra 17 homens que utilizam os serviços da instituição. Para a estudante pienense Fabíula Gabrielli Sura, que cursa Direito, estes números mostram que as mulheres estão conquistando espaço nas mais diferentes esferas. “Os dados da educação superior revelam mais um importante passo das mulheres na conquista de seu espaço na sociedade e na busca pela igualdade de gêneros, Infelizmente, apesar de serem maioria nas universidades, nota-se que as mulheres ainda estão em desvantagem em relação aos homens no âmbito profissional. A busca por uma maior especialização é uma forma de tentar sair à frente no mercado de trabalho.”, afirma.
Segundo Fabíula, a luta pelos diretos da classe feminina deve ser constante. “O histórico da mulher remonta um passado de importantes lutas e conquistas, a busca pela nossa valorização deve ser constante, é preciso acreditar que muito além da administração doméstica, a mulher tem potencial para liderar setores econômicos e políticos da sociedade na defesa de seus ideais”, ponderou.
Os ensinamentos passados de avó para mãe e de mãe para a filha fizeram com que a jovem Camila Harbs, de Agudos do Sul, alimentasse uma grande paixão: a cozinha. Por ter crescido neste ambiente, a estudante de Gastronomia viu que precisava de novos aprendizados e então buscou se aperfeiçoar nesta área e quebrar alguns tabus relacionados à este segmento. “Eu via que precisava ir além desse ensino passado de geração a geração, que minha mãe aprendeu com a avó e passou para mim. Então, como trabalhar nesse meio sempre foi minha paixão, eu busquei o curso de tecnólogo em Gastronomia, na PUCPR, onde eu aprendi e estou aprendendo muita coisa que me ajuda no dia a dia. Hoje, no curso são mais mulheres que homens. Apesar de ser uma área de domínio masculino, o público feminino vem buscando ingressar no setor”, relatou a jovem, incentivando as mulheres a não desistirem de seus objetivos. “O preconceito ainda existe, até mesmo alguns alunos homens se acham melhores, acham que têm mais força na hora de amassar uma massa ou carregar uma panela pesada. Mas as mulheres podem conquistar o lugar que quiserem, desde que haja dedicação e força de vontade para isso”, concluiu.