quinta-feira, 28
 de 
novembro
 de 
2024

Que lição fica?

O município de Piên vive uma situação épica e para muitos inimaginável. Foram duas vidas tiradas do convívio das suas famílias, um crime orquestrado da forma mais fria possível e a prisão de pessoas que receberam de grande parcela da população local a indicação para representá-los. E qual a razão de tudo isso? O que levou ao planejamento de um assassinato? O poder. A resposta mais adequada é a manutenção do poder, ou a incapacidade do desapego dele.

O poder é um termo que se originou a partir do latim possum, que significa “ser capaz de”, e é uma palavra que pode ser aplicada em diversas definições e áreas. Poder é o direito de deliberar, agir, mandar e, dependendo do contexto, exercer sua autoridade, soberania, a posse de um domínio, da influência ou da força. Se não estiver preparado e não ter maturidade suficiente, o poder corrompe, desequilibra, cega e até transforma.

No caso de Piên, a intenção pelo poder foi uma soma de coisas ruins e sem qualquer preocupação com as consequências. O poder cegou e tirou toda possibilidade de culpa e penalidade. E certamente o poder também transformou, e foi para o pior.

Qual a lição que a população de Piên vai tirar desse triste acontecimento? Essa é uma indagação importante e que será necessária daqui para a frente. Os moradores de Piên, na maioria absoluta pessoas de bem, vão continuar empoderando representantes, haverá outras e outras eleições. Novas escolhas.

As cidades não podem mais viver com medo e nem oprimidas, não podem ser currais, não podem ter donos. Mas quem escolhe que tipo de cidade se faz e se constrói são seus próprios moradores. Nunca haverá unanimidade, mas a maioria precisa ser bem intencionada.

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