Com a proximidade do período da colheita, os fumicultores também aguardam ansiosos os reajustes concedidos ao preço do tabaco. O percentual de aumento é debatido entre as empresas fumageiras e entidades que representam a classe dos produtores.
No último ano, não houve acordo entre as partes e o preço tabela não foi acertado. Neste ano, porém, as negociações estão avançadas e na última terça e quarta-feira, após uma nova rodada de negociações, a empresa Souza Cruz assinou o protocolo que garante 8,35% de reajuste para a safra 2016/2017. Para as entidades que representam os fumicultores, a correção é positiva. “Havíamos apresentado uma proposta solicitando 10,9% de reajuste, considerando que o custo da produção cresceu 7,3%. Com a efetivação deste aumento, os produtores terão um ganho real, o que consideramos um avanço”, explica a representação.
As demais empresas presentes na reunião, Alliance One, Philip Morris, JTI, Universal Leaf e China Brasil Tabacos, não apresentaram proposta. A pretensão das entidades que representam os fumicultores é de que estas fumageiras também efetivem este reajuste de 8,35% e assinem o protocolo até o dia 15 de dezembro.
A antecipação do acordo foi considerada extremamente positiva pela representatividade dos fumicultores. “É importante para o bom andamento da safra o fumicultor ter o conhecimento do valor que irá receber pelo seu produto”, destacaram as entidades. Considerado o valor da última tabela de preços, o reajuste concedido pela Souza Cruz fará com que o valor do fumo classe BO1 seja vendido a R$ 11,68 o quilo.
A comissão representativa dos fumicultores é formada pelas federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
Tabaco maduro – Outro ponto abordado na reunião foi sobre a colheita do fumo maduro. O mercado tem a preferência do tabaco tipo O e apresenta dificuldades para a comercialização dos tipos L. Por isso, o agricultor deve seguir as orientações e colher a produção quando estiver madura, atendendo à solicitação do mercado e garantindo lucratividade.