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Paraná avança em indicadores de Desenvolvimento Humano

Radar IDHM.  Foto: Pedro Ribas/AENO Paraná melhorou seus indicadores de desenvolvimento humano entre 2011 e 2014, mostra levantamento Radar IDHM, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro. O estudo foi divulgado nesta terça-feira (22).

O ranking estabelece uma pontuação de 0 a 1 e quanto mais perto de 1 mais bem posicionado o Estado. Em 2011, o Paraná havia obtido uma pontuação 0,761, que passou a 0,790 em 2014, um crescimento de 3,8%. O Estado, considerado de alto desenvolvimento humano, foi o quarto no ranking, atrás do Distrito Federal (0,839), São Paulo (0,819) e Santa Catarina (0,813). A média brasileira foi de 0,761 em 2014, contra 0,738 em 2011.

O levantamento abrange anos intercensitários (entre dois censos) e é composto de três subíndices – IDHM Educação, IDHM Longevidade e IDHM Renda. São analisados um conjunto de 60 indicadores socioeconômicos com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) e do IBGE.

EDUCAÇÃO – O avanço em indicadores ligados à educação favoreceu o desempenho do Paraná, de acordo com análise do diretor de pesquisa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), Daniel Nojima. O Paraná melhorou nos três subíndices, mas o grande destaque foi a Educação, que registrou maior avanço na pontuação – de 0,697 em 2011 para 0,748 em 2014.

“O Paraná se destacou em frequência escolar e porcentual de pessoas com 18 anos ou mais com ensino fundamental completo”, disse.

Nos últimos anos, apesar de ter se mantido em quarto lugar no ranking, a diferença entre o primeiro colocado e o Paraná vem diminuindo. Se em 2011, o Paraná ficava 7% atrás do Distrito Federal, em 2014, esse intervalo caiu para 5,8%.

No indicador de longevidade, o Paraná obteve pontuação de 0,858 em 2014, contra 0,842 em 2011. O menor avanço foi no quesito renda, que passou de 0,743 em 2011 para 0,764 em 2014.

CRISE NACIONAL – Para Daniel Nojima, do Ipardes, o crescimento mais contido da renda pode estar relacionado à perda de vigor do setor automotivo no Estado, que exibia os primeiros sinais de crise a partir de 2014. Juntamente com a indústria de máquinas e equipamentos, afetada pela queda na taxa de investimentos, o setor já vinha reduzindo o ritmo de reajustes de salários.

RMC – A Região Metropolitana de Curitiba, por sua vez, foi a que mais obteve avanços entre as nove regiões pesquisadas e o Distrito Federal. Passou de uma pontuação de 0,782 em 2011 para 0,817 em 2014. Ficou em terceiro lugar, atrás de São Paulo (0,829) e Distrito Federal (0,839).

BRASIL – O estudo revela que a crise econômica, apesar de não ter revertido indicadores de desenvolvimento humano no Brasil, freou o crescimento desses índices. Entre 2011 e 2014, a taxa média de crescimento brasileira foi de 1%. Entre 2000 e 2010, o crescimento havia sido de 1,7%.

No ranking das unidades da federação, 19 Estados, incluindo o Paraná, são considerados de alto desenvolvimento humano, cinco de médio desenvolvimento (Pará, Maranhão, Piauí, Alagoas e Sergipe) e três de muito alto desenvolvimento (Distrito Federal, São Paulo e Santa Catarina).

Fonte: AEN

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