É um mantra, sempre ouvimos falar que o grande desafio das cidades do interior – de pequeno porte – é a atração de empresas e todo tipo de investimento que possa resultar na geração de emprego e renda. Mas não é tão simples assim, tanto que são poucos os municípios com êxito nessa disputa incansável por mais postos de trabalho e melhor desempenho econômico.
No Paraná, pelo menos, há boas expectativas para os futuros prefeitos. Nos últimos anos, segundo dados do IBGE e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), o Produto Interno Bruto (PIB) melhorou quando se fala dos municípios do interior. Um exemplo é a cidade de São João, no sudoeste do estado, com 11 mil habitantes, onde o PIB cresceu 144%, saltando de R$ 175 milhões para R$ 430 milhões. A evolução se deu graças à recente inauguração de um frigorifico de aves e a instalação de duas fábricas de ração.
Há outros casos de melhora no PIB, como Sabáudia, na região norte, que ampliou seu PIB em 139,6%, Arapuã, com avanço de 138,5%, Indianópolis, com 132,7%, Pérola, com 132,2%, e Cafelândia, com 127,5%. Apenas dois estão situados na Região Metropolitana de Curitiba – Quatro Barras (110,6%) e Campo Largo (97,5%).
Juntos, somente esses municípios acumulam um saldo positivo de 13 mil vagas formais entre 2010 e 2013, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Mas quais foram os ingredientes para o sucesso dessas cidades nesse desafio de promoção de emprego e renda? Em tese, sintonia com o quadro econômico atual, com as potencialidades regionais, boa representatividade política, infraestrutura e capacidade de diálogo. Digamos que são itens mínimos para quem pretende fazer diferença e entrar nesta seleta lista de municípios melhores sucedidos.