A vida do policial militar Ricardo Francisco Stephns, que atualmente trabalha em Quitandinha, já é cheia de emoções por vários fatores. A própria profissão lhe proporciona um dia-a-dia diferente de outros empregos tradicionais. Ele lembra, por exemplo, da ocorrência de um acidente quando quase perdeu a vida e ficou por horas preso às ferragens do veículo. Doador de sangue, no ano de 2008 Ricardo foi surpreendido com o descobrimento de uma pancreatite, inflamação do pâncreas, que quase o obrigou a suspender os procedimentos de apoio aos bancos de sangue. Para sua sorte, não houve nenhum impedimento após a resolutividade da doença.
Ricardo Francisco continuou doando sangue e ainda se inscreveu no cadastro nacional de doador de medula óssea. “A simples doação de sangue já era algo que sempre me fazia bem, saber que a cada doação eu poderia estar ajudando uma pessoa”, relatou. Mas o destino reservaria uma grande surpresa ao policial. Em 2011, foi identificado um paciente com pouco tempo de vida que necessitava da doação de medula e Ricardo era 100% compatível. Todo procedimento aconteceu em Curitiba.
Curiosamente, somente no início desse ano é que ele foi descobrir quem recebeu a doação. Tratava-se de Sabrina Borges Pallazo, curitibana que na época tinha cinco anos. Após receber a medula óssea a menina ainda permaneceu por mais dois anos no hospital, devido a uma reação no transplante. Depois recebeu alta e hoje está totalmente recuperada.
O encontro de Ricardo Francisco e Sabrina aconteceu com a contribuição de um canal de televisão da capital. E mais recentemente, o doador foi homenageado pela 1ª CIA da Polícia Militar do Paraná. “Conhecer a Sabrina e saber que pude ajudá-la num momento tão difícil é emocionante. É uma alegria que não tem tamanho. Agora quero visitá-la com regularidade, numa forma de agradecer por esse bem tão significativo para nossas vidas”, destacou o policial.