É preocupante no suleste paranaense o baixo índice de inscrições no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O prazo inicial para o procedimento, que se encerraria em maio de 2015, havia sido prorrogado em todo o Brasil justamente pelo baixo número de cadastramentos efetuados. E faltando pouco mais de 100 dias para o fim deste novo prazo, mais da metade das áreas rurais da região ainda precisa ser cadastrada. O período para isso vai até 5 de maio.
O CAR é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente – APP, das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país. Ele se constitui em base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para planejamento ambiental e econômico dos imóveis.
De acordo com dados do IAP, até dezembro, o município da região com menor percentual de área cadastrada é Quitandinha, com apenas 13,8% e 498 imóveis. Piên, por outro lado, alcançou no referente período uma cobertura de 38,09%, com 716 cadastros.
Diogo Malinovski, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Piên, explica que imóveis com menos do que quatro módulos não precisam fazer topografia. Segundo ele, o CAR é obrigatório para registro do imóvel e será exigido também para financiamentos rurais, entre outros casos. “Quem tem passivo ambiental anterior a julho de 2008 e tiver o CAR pode solicitar anistia da multa”, cita.
As inscrições devem ser feitas no site www.car.gov.br. O sindicato pienense tem prestado auxílio, mas apenas aos sócios, de forma gratuita. Outros escritórios da região também fornecem o serviço.