O município de Tijucas do Sul está a menos de 50 quilômetros de Curitiba, capital do Estado, e mesmo assim não é incluída na Rede de Transporte Integrado (RIT) da região metropolitana. Cidades que ficam mais distantes, como Quitandinha, Lapa e outras, já conseguiram a integração. Na tentativa de sensibilizar o governo do estado e lideranças políticas sobre o assunto, a câmara de vereadores tijucana realizou nesta semana uma audiência pública para tratar especificamente do tema. Num primeiro momento, houve pouco avanço.
O encontro reuniu representantes do governo do Estado, da prefeitura da capital e de São José dos Pinhais, deputados, o prefeito Altair Gringo, vereadores e comunidade. Atualmente, a empresa Campo Alto possui a concessão pelo serviço de transporte de passageiros no município e cada cidadão paga, em média, 15 reais para se deslocar de Tijucas do Sul até Curitiba. Em cidade que compõem a RIT, o mesmo trecho possui tarifa inferior a 4 reais. “O que estamos buscando é um direito do cidadão, justiça social e cidadania. Não é aceitável termos que pagar um valor tão alto de passagem”, relata o presidente da câmara de vereadores, Claudemir Rocha.
Para que Tijucas do Sul passe a ser integrada no transporte coletivo da região metropolitana, há necessidade da aprovação pelo governo do estado. Antes disso, porém, é preciso um estudo de origem e destino e número de passageiros. “Já estamos cobrando isso junto de outras lideranças da região. Há um compromisso da Secretaria de Desenvolvimento Urbano neste sentido”, contou o prefeito Altair Gringo.
Sem uma definição a respeito, os moradores continuam desembolsando alto valor para se deslocar até Curitiba ou São José dos Pinhais. “Muita gente que trabalha fora da cidade gasta praticamente todo salário com o deslocamento. A população de Tijucas merece uma atenção do governo nesta questão do transporte coletivo”, enfatizou o vereador Claudemir Rocha.