Os ataques a bancos têm se tornado frequentes nos últimos anos na região. E há tempos os assaltos deixaram de ser exclusividade dos grandes centros, passando a acontecer também em cidades de menor porte. Este é um dos problemas relacionados à segurança nos municípios menores, onde a falta de uma melhor estrutura dificulta o trabalho da polícia.
Mesmo assim, o número de ocorrências em caixas eletrônicos diminuiu em 2013, no comparativo com 2012, apesar de se manter alto e preocupante. Durante 2012, haviam sido registrados 12 ataques no suleste paranaense. No ano passado, este indicador caiu para 9. Se por um lado os números diminuíram, por outro cresceu a preocupação por conta das proporções de alguns dos casos ocorridos em 2013 na região, que assustaram a população.
Do total de ocorrências do ano passado, Piên concentrou boa parte delas. Segundo balanço, foram quatro, sendo três explosões, ocorridas em fevereiro, março e junho, e um arrombamento praticado em dezembro. Em Fazenda Rio Grande foi explodido em agosto um caixa instalado em uma empresa; também houve no município o registro de uma “saidinha de banco” em fevereiro, quando um idoso foi atacado por assaltantes.
Em Contenda houve um caso de explosão em junho, quando o esquadrão antibomba foi acionado por haver artefatos explosivos em um banco. Quitandinha também teve caso de explosão de caixas, foi no mês de agosto. E em setembro, foi em Agudos do Sul que terminais de uma agência foram explodidos.
Segundo o levantamento do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, os números de todo o estado também caíram em 2013, mas muito pouco. Foram 205 ataques, contra 214 de 2012, não contabilizadas as “saidinhas de banco”. No ano passado foram 110 explosões de caixas, 57 arrombamentos destes terminais e 38 assaltos ou tentativas de assaltos a bancos.
De acordo com o presidente do sindicato, João Soares, apesar da ligeira queda de casos, principalmente na Região Metropolitana de Curitiba, o que preocupa é que no interior do estado houve aumento. “São cidades com poucos policiais”, explica. Segundo ele, além de mais policiamento, é preciso que haja uma legislação que iniba a violência e que os bancos criem mecanismos pensando na segurança das pessoas.