Salários altos, mensagens dizendo que o currículo se adequa exatamente com o que a empresa quer, cargos normalmente são de chefia. Parece até mentira, e é! Se de um lado existe um profissional buscando oportunidade no mercado de trabalho, do outro pode haver um golpista tentando se aproveitar da situação.
Os casos de golpe normalmente se apoiam em empresas de recursos humanos consolidadas, com a cópia de sua logo e um discurso que faria os mais céticos acreditarem. A situação ficou tão grave que uma das maiores empresas de recrutamento de seleção do Brasil, a RH NOSSA, se viu obrigada a criar um sistema apenas para que os candidatos tenham certeza de que estão falando com seus recrutadores:
“Com o número de golpes crescendo, tivemos que tomar uma decisão, ou deixamos de usar o Whatsapp, o que não resolveria a situação, ou criaríamos um método para que o candidato tivesse 100% de certeza de que estava falando realmente com nossa equipe” conta Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção da empresa.
O sistema que ganhou o nome de “Verifake”é simples, assim que o candidato recebe via Whatsapp uma mensagem falando de uma vaga, a pessoa pode entrar no site, colocar o número que enviou a mensagem e o sistema vai dizer se é ou não de um recrutador verdadeiro da empresa. Quando o resultado é negativo, o candidato já é incentivado a abrir um boletim de ocorrência.
Como funciona o golpe do emprego
O falso recrutador entra em contato com a vítima via e-mail, ou WhatsApp, e apresenta uma oportunidade de emprego com salário alto e bons benefícios em uma empresa amplamente conhecida. Para se inscrever na vaga, é solicitado que se clique no link indicado e passe alguns dados. Essa tática é conhecida como phishing. Muitas vezes o golpista também pede pagamento de exame admissional ou curso para progredir na seleção. Outra abordagem é pedir o envio de documentos:
“É importante que os candidatos fiquem atentos, assim como a recrutadora verifica todos os dados antes de seguir com o candidato, o mesmo deve ocorrer na direção contrária. Antes de passar qualquer dado ou fazer pagamentos, verifique a veracidade do “recrutador” finaliza Pelanda.

