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Uma conta que não fecha

O governo federal vem tentando impor uma agenda positiva para o país e, neste sentido, aposta na aprovação das reformas. O primeiro round foi a aprovação da Terceirização e o segundo da Reforma Trabalhista. Agora, no entanto, vem o que todos acreditam ser o passo mais difícil, a aprovação da Reforma da Previdência. É intenso o debate e apontamentos de prós e contras sobre o projeto que tramita no Congresso Nacional. Muitos falam que há perdas e injustiças. O governo contraria. Nesse embate, há uma concordância, a conta não fecha e está cada vez pior.

O Brasil apresenta nas últimas décadas uma população envelhecida e vivendo mais. Hoje os idosos acima de 65 anos representam 8% da população nacional, mas uma projeção para 2050 aponta que essa classe será de 22% do total de habitantes. Consequentemente, o envelhecimento da população terá impacto nas contas da Previdência. Se hoje já se fala num “rombo” nas contas da Previdência, o que imaginar daqui pra frente se nada for feito.

Não podemos, em qualquer hipótese, dizer que a solução é o aumento ou criação de novos impostos. Pelo contrário, o país necessita de uma revisão da sua carga tributária (é outra reforma) e a questão da Previdência precisa ser tratada com a maior responsabilidade possível. Não se admite injustiças e recuo de direitos, mas se reconhece a importância de rever a situação atual e promover mudanças e avanços.

Concordamos que o cidadão, os mais idosos e principalmente aqueles que contribuíram por décadas, não podem ser penalizados. Mas se nada for feito, corre-se o risco de não existir recursos para o pagamento dos benefícios. No ano passado, faltaram R$ 149 bilhões para pagar as aposentadorias e pensões. Cada ano que passa são mais beneficiários na previdência e maior a dívida. O que fazer?

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