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Transporte rodoviário desacelera e preocupa classe dos caminhoneiros

Movimentação de caminhões nas rodovias vem diminuindo gradativamente nas últimas semanas. Foto: Arquivo/O RegionalCom o desaceleramento da atividade industrial em virtude da pandemia do coronavírus, o ramo de transporte rodoviário tem sido duramente afetado. Sem matéria prima e vendas, muitas empresas estão diminuindo ou mesmo paralisando as atividades, fazendo com que a procura pelos fretes diminuísse consideravelmente.

Nas últimas semanas, diversas indústrias passaram a restringir o recebimento de cargas e também a diminuir a produção. Em casos mais extremos, os funcionários entraram em férias coletivas e o atendimento acontece somente em forma de plantão. Deste modo, as transportadoras e cooperativas estão tendo que interromper as atividades momentaneamente.

De acordo com o gerente da Cooperativa dos Transportadores de Carga do Suleste Paranaense (Cooperleste), Wilson Fragoso, a queda no número de fretes foi bastante acentuada. “Em semanas normais estávamos realizando em média 150 fretes. Já na última semana, foram contabilizadas pouco mais de 30 viagens”, detalha Fragoso.

Diante deste cenário, a grande maioria dos motoristas está preocupada e com os caminhões parados. “É o ganha pão de toda a classe que está em jogo e que não sabemos quando e como vai se normalizar toda esta situação. Muitos têm dívidas de financiamentos e não dispõe de outra fonte de receita”, pontua Fragoso, acreditando ser necessário a implantação de mecanismos de incentivo por parte do poder público. “Durante muitos anos, os caminhoneiros estiveram trabalhando no limite, com grande desvalorização. Não temos como superar mais este momento crítico sem o suporte do governo”, finaliza.

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