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Temos jeito?

Duas notícias vinculadas na imprensa estadual e nacional nesta semana demonstram que os caminhos tomados pelo nosso país são cada vez mais preocupantes. A situação é tão complicada que chegamos a perguntar: – temos jeito?
No âmbito federal estamos assistindo a luta do governo em recriar a CPMF, o imposto do cheque já existiu e foi extinto. O objetivo é devolver mais um tributo para a população. A justificativa inicial era que a arrecadação ajudaria no rombo da previdência. Ou seja, manter a aposentadoria do INSS. Não houve sucesso. Agora, há uma nova justificativa, que o imposto serviria para ações de combate ao Aedes aegypti.
No Paraná, a divulgação dos super-salários dos promotores, procuradores e desembargadores indignou muita gente. No mês de dezembro último, receberam em média 100 mil reais, e no mês passado teve um grupo de promotores que chegou a receber 300 mil reais mensais. O máximo que poderiam receber, segundo a constituição, seria 30 mil reais mensais. Porém, auxílio daqui e reposição dali, incham absurdamente suas remunerações.
Por isso perguntamos se temos jeito. De um lado se castiga o trabalhador com a criação de mais impostos, de outro, se privilegia quem já vive numa situação imensuravelmente confortável. Ao invés do combate à corrupção e de corte de privilégios para otimizar o dinheiro público em saúde, educação e saneamento, mais impostos e mais benesses. Os menos favorecidos são castigados, os mais favorecidos são agraciados.
É uma triste realidade da vida numa democracia cada vez mais questionada, onde nem todos tem voz e nem todos tem vez. Prevalece a minoria.

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