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Sem poder atender, academias e praças esportivas sofrem incógnita

Altevir Mielke lamenta não poder retomar as atividades do campo society. Foto: Arquivo/O RegionalAcademias e praças esportivas têm sido duramente afetadas pelas medidas de isolamento social impostas no combate ao novo coronavírus. Estes espaços estão fechados já há algumas semanas e não têm sequer uma previsão para a retomada das atividades.

Em Piên, a arena de futebol society Altevir Mielke é um dos estabelecimentos afetados com a paralisação. “Estamos respeitando as exigências e agindo dentro da lei. No entanto, é desanimador e preocupante todo este cenário”, relata o empresário Altevir Mielke, que teve que paralisar obras de melhorias que estavam em andamento. “Estou há menos de um ano atuando neste ramo. Foi um grande investimento inicial e continuamos trabalhando para melhorar o espaço, mas tivemos que interromper bruscamente todos os trabalhos e perdemos todas as receitas”, lamenta.

Para Mielke, a retomada das atividades poderia acontecer com a implantação de medidas protetivas. “Em muitos supermercados, agências bancárias e outros pontos vemos grandes aglomerações, até mesmo em ambientes fechados. Por isso, acredito que poderiam ter mecanismos que ampliassem os cuidados e assim facilitassem o reinício dos trabalhos, mesmo que em um primeiro momento houvesse restrições no número de pessoas e na quantidade de horários de jogos por dia”, opina o empresário.

Já em Campo do Tenente, a academia Attitude Corporal paralisou as atividades atendendo as recomendações da legislação. “É uma situação muito preocupante e que para muitos se tornará insustentável se isso perdurar por muito tempo”, relata o empresário Heron Herbert Pohlenz, que atende atualmente cerca de 30 alunos. “Tenho outra ocupação durante o dia e à noite trabalhava na academia. Felizmente, não pago aluguel e não tenho funcionário, caso contrário estaria numa situação muito mais delicada”, conta.

Apesar de respeitar as mudanças impostas, Heron acredita que a lei poderia flexibilizar o funcionamento das academias com novas regras. “Poderíamos fazer escala de alunos para atender em horários diversificados, evitando grandes aglomerações. Outro ponto seria redobrar a higienização dos equipamentos, entre outras alterações que poderiam ser impostas. Certamente, isso ajudaria a minimizar os grandes prejuízos que estamos tendo”, sugere.

Além das academias e praças esportivas, os decretos também limitam outros espaços onde pode haver aglomerações ou mesmo uso compartilhado dos objetos.

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