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Safra de grãos deverá atingir 41 milhões de toneladas no Paraná

Colheita do milho está em andamento na região e tem animado os produtores pela boa produtividade. Foto: Arquivo/O RegionalDiante de um cenário de grande incerteza e de recessão econômica, o setor da Agricultura vem sendo um alento para as perspectivas futuras. Nesta semana, a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento divulgou uma prévia que a produção total de grãos no Paraná apresentou um crescimento de 16% e poderá chegar a 41,6 milhões de toneladas, em uma área de quase 10 milhões de hectares.

Os bons resultados desta safra foram puxados principalmente pela soja, que teve resultado recorde e próximo de 20,7 milhões de toneladas. “A área do plantio é de 5,47 milhões de hectares, sendo semelhante à da safra anterior. Tivemos algumas perdas devido ao volume reduzido de chuvas, no entanto, estima-se uma produtividade média de aproximadamente 3.800 kg/hectare”, avalia o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

Além da boa produtividade, a comercialização da soja tem animado os produtores. Até agora, 74% da produção já está vendida, enquanto que no mesmo período do ano passado este percentual era de 44%. “A valorização do dólar contribuiu para isso, pois tornou a soja brasileira mais atraente no mercado externo. E a China, nosso maior consumidor, aproveitou esse momento”, detalha o economista Marcelo Garrido. Neste sentido, o preço da saca de 60 kg está sendo comercializada a R$ 88,00, preço 33% maior do que registrado na última safra, quando a saca estava avaliada em R$ 66,00.

Já a produção do milho teve a primeira safra praticamente encerrada e apresentou um ganho de 100 mil toneladas sobre a estimativa inicial. “Esperamos uma produção de 3,5 milhões em uma área de cerca de 353 mil hectares. É um número pequeno, mas a safra é considera boa”, avalia Ortigara. Na última semana, a saca de 60 kg foi comercializada em média por R$ 37,00.

Em outros estados, a produção do milho apresentou uma queda de 5 milhões de toneladas. Para os especialistas, embora isso reflita no abastecimento nos próximos meses, a provável queda no consumo durante a pandemia pode neutralizar o impacto da produção reduzida.

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