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Retorno às aulas exige adaptação de rotina

Mesmo seguindo o formato remoto, alunos devem organizar horários para a realização das atividades educacionais. Foto: Arquivo/O RegionalCom o retorno das aulas, ainda que no formato remoto, tanto na rede estadual quanto na municipal, a comunidade escolar já vem se mobilizando para fazer com que as atividades possam ser realizadas de maneira efetiva. Além disso, com a possibilidade de uma volta gradual das atividades presenciais, profissionais da educação, pais e estudantes seguem em acompanhamento das movimentações que possam indicar sobre a sequência do ano letivo.

Diante disso, a preocupação inicial é em relação ao desempenho dos alunos, que novamente precisarão se adaptar a rotina de estudos. Preparação do material escolar, uso de tecnologias e a organização dos horários estão entre as ações a serem realizadas.

A psicóloga Helen Domingues, que atua no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) de Quitandinha, explica que a rotina é um fator de extrema importância nesse cenário, para todas as idades, sejam crianças, adolescentes, adultos, idosos. “Estar em casa requer o estabelecimento de uma rotina também. Desenvolva uma rotina diária: horário para acordar, fazer as refeições, fazer a higiene, estudar, assistir TV, jogar videogame, entre outras atividades e a hora de dormir. Não precisamos ser rígidos em relação aos horários, e sim podemos ser flexíveis dentro de uma hora próxima àquela que ela estava acostumada que seguia anterior à pandemia. Rotina é sinônimo de saúde mental, ela dá previsibilidade, nos proporciona um nível de organização exterior e interior que diminui estresse, medo, insegurança e dificuldades que são consequência da ausência da rotina”, detalha.

Segundo Helen, ao estar no ambiente familiar, é necessário proporcionar ao estudante um espaço físico adequado para o momento de estudos. “Esse espaço pode ser destinado somente aos estudos ou compartilhado para outros fins, entretanto deve estar limpo, organizado, ventilado e bem iluminado e o mais silencioso possível”, enfatiza a profissional, enaltecendo que todo início de ano letivo geram aos professores e pais sobre como fazer para conseguir que os alunos se interessem pelo conteúdo e se esforcem para aprender. “Ao considerar a complexidade do assunto, pontuo como dica prática a importância de pais e professores utilizar-se de estratégias motivadoras na aprendizagem escolar. A motivação, a aprendizagem significativa, conhecer o estudante em sua individualidade, contexto cultural, desenvolvimento cognitivo e emocional são fatores imprescindíveis para motivar adequadamente os estudantes. Identifiquem e procure reforçar os pontos positivos, a potencialidade de seu filho, do seu aluno, elogie o que ele tem de bom mesmo que ele apresente inúmeros pontos negativos em relação à aprendizagem”, pontua.

Por fim, a psicológica reforça a unidade entre a comunidade escolar para a eficácia do ano letivo. “É imprescindível buscar orientação da equipe pedagógica escolar, psicólogos escolares e demais profissionais necessários, para avaliar o desempenho escolar do aluno e desenvolver um plano de acompanhamento mais eficaz”, finaliza.

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