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Que cidadãos somos?

O assunto do momento é o mosquito Aedes aegypti, e não poderia ser diferente, tamanha preocupação com o crescimento dos casos de dengue. E, enquanto se estuda tudo sobre a transmissão do vírus e uma possível vacina contra a doença, multiplicam-se as campanhas de conscientização da eliminação de qualquer espaço que possa servir de concentração e criadouro do mosquito. Mudando de assunto, nesta semana entrou em vigor na capital do estado, uma lei que prevê multa para pessoas que jogarem bituca de cigarro na rua. No Rio de Janeiro há multa para quem é pego fazendo xixi em via pública. E o que esses assuntos tem em comum? Qual relação podemos fazer a respeito?
Campanhas de conscientização e punição sobre ações das naturezas descritas demonstram que o nível de civilidade encontra-se em franco declínio. Todos deveríamos saber e agir para evitar focos de doença, sem precisar uma campanha de alerta a respeito. Da mesma forma, todos teriam que ter noção de que lixo na rua, grande ou pequeno, é agressão ao meio ambiente. E, principalmente, que urinar na rua é uma prática inconcebível. Posturas como essas, cada vez mais presentes na vida real, comprovam que tipo de cidadãos estão sendo formados.
Há outros exemplos, como dirigir embriagado, comprar do mercado negro, pagar propina, usar vaga do idoso e furar fila, só para citar alguns. Práticas que criam uma nação de pessoas sem valores, responsabilidades, coerência e civismo. São dois sentimentos, um deles que reflete tamanha decepção com uma parcela da sociedade que não tem sentido e compromisso com a vida. E outro de preocupação em preservar o que temos de melhor na garantia de um futuro com esperança.

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