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Quando a lei prevalece

A última sexta-feira entra para a história do país como o dia em que um ex-presidente da república foi conduzido para depoimento na Polícia Federal. Não foi prisão, mas a chamada condução coercitiva soou parecido e causou um furacão no Brasil. Independente de julgamento sobre as suspeitas e acusações contra o ex-presidente Lula da Silva, o fato foi uma demonstração real de que a lei prevaleceu.
Neste momento de inúmeras dúvidas, desconfianças e descrédito é muito importante voltar a acreditar na lei. O Brasil vive por longa data a fama de um país onde nutre a impunidade, burocracia, corrupção e justiça morosa. Desde a operação Lava Jato essa legenda vem sendo reescrita e há um sentimento diferente batendo na porta de milhões de brasileiros. Neste domingo, quando uma nova mobilização contra a corrupção sairá às ruas, essa chama ficará ainda mais acesa. Neste período de crise, retração da economia e aumento de desemprego, o combate à corrupção parece ser uma alternativa na recuperação de crédito e novas perspectivas. Lá fora, começam a olhar diferente.
A presença da lei e sua manutenção depende de vários fatores, inclusive da postura de todos os cidadãos que acreditam numa nação mais justa e solidária. O trabalho da Polícia Federal na operação Lava Jato é exemplo a ser seguido. Não importa o tamanho dos atos, os lugares em que acontecem e por quem são praticados, desvios de conduta e maus feitos devem ser julgados e punidos. Na presidência da república, na prefeitura do interior, na grande multinacional ou na venda do bairro. Retidão não pode ser exceção.

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