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Produção e comercialização de mel se destacam na agricultura familiar

Produção de mel tem fomentado a economia local, gerando renda e emprego. Foto: Arquivo/O RegionalA criação de abelha para a produção do mel, produto típico na mesa dos brasileiros e também de destaque na indústria estrangeira, segue ganhando espaço e se tornando uma fonte rentável para a agricultura familiar nos municípios do suleste paranaense.

Nas dez cidades da região, segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a apicultura foi responsável por R$ 2.916.270,00 do Valor Bruto da Produção Agropecuária em 2017, valor 101% maior que em 2016, quando o montante atingiu a casa dos R$ 1.450.710,00.

Com sede em Agudos do Sul, o Núcleo dos Apicultores da Região Suleste do Paraná (Napisul) vem intermediando a atuação da apicultura junto a 40 produtores de mel oito cidades da região metropolitana. “A nossa produção de mel é feita pelas abelhas em apiários longe de residência e animais. Temos o mel de abelha apis melíferas e meliponídeos, que é o inseto sem ferrão”, detalha o presidente da entidade, Vanderlei Rocha.

Rocha reforça que todos os produtos oriundos da entidade têm certificação, o que agrega na valorização e qualificação do mel produzido na região. “A Napisul é uma certificadora com Serviço de Inspeção Federal (SIF) que presta serviço de envase de mel e derivados para os apicultores de várias regiões. Fazemos o trabalho de certificação do mel para os apicultores, agregando mais valor na venda direta no comércio pelos apicultores e valorizando a atividade do produtor”, finaliza.

O gerente municipal do Emater na Lapa e apicultor, Hélio Skiba, destaca que, atualmente, a atividade da apicultura é mais profissionalizada, com avanço dos equipamentos utilizados para este fim. “Com o advento da abelha africana, em 1956, os apicultores tiveram que se profissionalizar, comprar seus equipamentos para poder trabalhar com a abelha. Todo o processo, desde a instalação das colmeias, o jeito como é feito o apiário, o manejo, a própria colheita do mel, que antigamente o pessoal cortava e espremia os favos, hoje é tudo mecanizado e é extraído por força centrífuga ou máquinas”, avalia Skiba, detalhando que a produtividade na cidade da Lapa vem sendo satisfatória. “Nós temos uma produtividade que varia de 15 a 25 quilos por colmeia”, aponta.

Ainda segundo Skiba, os investimentos para atuação nesta cultura variam para cada produtor. “Cada apicultor depende da dimensão de sua atividade e profissionalização. Ele tem o custo real investido grande, mas o retorno é maior. Tem apicultor caseiro, que faz no seu próprio terreno e com sua própria mão de obra, e tem aqueles que são maiores, em torno de 300 a 400 colmeias, e depende de arrendar para colocar as abelhas, tem um custo maior, e tem que ter o serviço de terceiro para estar ajudando na atividade”, conta o gerente, reforçando a necessidade de ampliar o consumo e valorização do produto. “Nós temos o melhor mel do mundo, temos essa consideração do exterior, mas somos os piores consumidores. Somos muito inconscientes quanto aos benefícios que o mel traz para a saúde”, conclui.

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