Nas dez cidades da região, das 324 mortes contabilizadas pelo câncer em 2015, 43 atingiram os pulmões dos enfermos, 31 o esôfago, 22 a próstata, 20 a mama, 17 o encéfalo, 12 o colo do útero e outras 12 o estômago. Estes registros representam mais de 50% das causas da doença. Para o médico oncologista clínico do hospital Erasto Gaertner, João Soares Nunes, o câncer de pulmão é mais difícil de ser combatido. “Por ser uma doença silenciosa, o paciente muitas vezes só descobre quando ela estiver em estágio avançado. Os sintomas iniciais são tosse com sangue, dores no peito e falta de ar”, detalha. Ele ainda alerta que o tabagismo tem influência direta em muitos casos de câncer de pulmão, cabeça, pescoço e bexiga.
O especialista reforça que a prevenção é a melhor forma de combate ao câncer. “Estimo que mais da metade dos meus pacientes descobrem a doença em estágio avançado. Muitos não procuram o médico nem mesmo quando sentem dores ou os primeiros sintomas. Por isso, incentivo a participação da população em campanhas de prevenção. Quanto mais cedo descoberta a doença, menos agressivo será o tratamento. Em muitos casos, quando a cura não é possível, o paciente receberá cuidados que prolonguem sua vida por mais tempo”, detalha.
No ano passado, O Regional apresentou uma matéria com pessoas que venceram e que ainda enfrentam o câncer. Das chances remotas de cura, a retomada da força de vontade, contrariando até mesmo previsões médicas. O sucesso neste tratamento está diretamente ligado a forma como as pessoas encaram a doença e também no fundamental apoio dos familiares e amigos.