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Prevenção ainda continua sendo decisiva no combate ao câncer

Quimioterapia é um dos principais procedimentos utilizados para o combate da doença. Foto: Assessoria de Imprensa/Hospital Erasto GaertnerO câncer é uma doença extremamente agressiva e que cada vez mais chama atenção da população, no entanto, o poder público não consegue dar a resposta necessária para que o país reduza o número de vítimas da doença. O estudo divulgado pelo Observatório de Oncologia traz informações importantes, como quais são os órgãos mais atingidos. No Paraná, em 2015, foram 13.615 mortes causadas por câncer, destas 1.774 afetaram os pulmões dos pacientes.

Nas dez cidades da região, das 324 mortes contabilizadas pelo câncer em 2015, 43 atingiram os pulmões dos enfermos, 31 o esôfago, 22 a próstata, 20 a mama, 17 o encéfalo, 12 o colo do útero e outras 12 o estômago. Estes registros representam mais de 50% das causas da doença. Para o médico oncologista clínico do hospital Erasto Gaertner, João Soares Nunes, o câncer de pulmão é mais difícil de ser combatido. “Por ser uma doença silenciosa, o paciente muitas vezes só descobre quando ela estiver em estágio avançado. Os sintomas iniciais são tosse com sangue, dores no peito e falta de ar”, detalha. Ele ainda alerta que o tabagismo tem influência direta em muitos casos de câncer de pulmão, cabeça, pescoço e bexiga.

O especialista reforça que a prevenção é a melhor forma de combate ao câncer. “Estimo que mais da metade dos meus pacientes descobrem a doença em estágio avançado. Muitos não procuram o médico nem mesmo quando sentem dores ou os primeiros sintomas. Por isso, incentivo a participação da população em campanhas de prevenção. Quanto mais cedo descoberta a doença, menos agressivo será o tratamento. Em muitos casos, quando a cura não é possível, o paciente receberá cuidados que prolonguem sua vida por mais tempo”, detalha.

No ano passado, O Regional apresentou uma matéria com pessoas que venceram e que ainda enfrentam o câncer. Das chances remotas de cura, a retomada da força de vontade, contrariando até mesmo previsões médicas. O sucesso neste tratamento está diretamente ligado a forma como as pessoas encaram a doença e também no fundamental apoio dos familiares e amigos.

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