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Período de estiagem preocupa e provoca a baixa nos níveis dos rios

Na divisa entre os municípios de Campo do Tenente e Lapa, o Rio da Várzea apresenta nível bastante abaixo do normal na conhecida ponte de ferro. Foto: Édipo Luiz Felipe GomesCom chuvas esporádicas e muito abaixo da média esperada, o clima seco tem predominado em todas as regiões do Estado. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a estiagem é a maior já enfrentada desde 1997, ano em que o instituto passou a acompanhar toda a parte meteorológica.

De acordo com o meteorologista Paulo Barbieri, a média acumulada de chuva para abril em Curitiba era de 84,7 milímetros, no entanto, nos primeiros 20 dias deste mês foram registrados apenas 15,6 milímetros. “Em todas as regiões do Paraná o cenário tem sido preocupante. Principalmente, porque já vínhamos de um período seco no ano passado”, aponta Barbieri. Na unidade de medição do Simepar instalada na cidade da Lapa, a média de chuva esperada para abril é de 92,2 milímetros, mas foram registrados até então pouco mais de 27,2.

Para as próximas semanas, a estiagem deve continuar sendo o cenário principal na região. “Temos tido bloqueios atmosféricos que fazem com que as frentes frias fiquem restritas no sul do Rio Grande do Sul e se dispersem pelo oceano. No início da semana seguinte, temos previsão de chuva forte, porém, que deve apenas minimizar o contexto atual”, detalha Barbieri. Para maio, a expectativa é de que haja um período chuvoso maior. “Estatisticamente este é um mês que conta com mais chuvas em comparação com abril e junho”, enfatiza.

O período de seca está evidente também nos rios, que estão sendo diretamente afetados. Segundo o Corpo de Bombeiros de Piên, que auxilia no monitoramento do Rio Negro, o nível atual é considerado o menor registro desde que é realizado o acompanhamento. “Antes, pontos que ficavam submersos agora estão secos. O cenário é ainda mais alarmante quando comparado com a cheia registrada no ano passado, quando o rio atingiu 7 metros acima do leito normal”, relata o agente da Defesa Civil, Vinicius Binek, mostrando preocupação com os rios afluentes. “Nestes locais a situação é ainda mais difícil. Será preciso um período de chuvas intensas para que haja normalidade”, destaca.

A situação também está bastante crítica no Rio da Várzea, que corta vários municípios da região. Outro cenário marcante, que retrata a estiagem que estamos vivendo, é a seca nas cataratas em Foz do Iguaçu. Antes marcado pela força e belezas das águas, o local está totalmente irreconhecível e sem vida.

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