Os empresários pretendem apostar nas vendas on-line por e-commerce e delivery. Isso porque a Páscoa é a primeira data comemorativa do ano a enfrentar o segundo ano com a pandemia.
No ano passado, o período de quarentena e restrição de pessoas nas ruas afetou diretamente a principal fase das vendas e comercialização da indústria, que registrou a baixa na expectativa dos empresários e, a paralização dos alimentos em estoque.
Em 2021, os comerciantes buscam se reinventar, criando novos produtos e inovando a forma de entregar suas mercadorias e, conquistar novos clientes e superar a venda do ano que passou.
Em um ano sem carnaval, a produção dos produtos e as vendas foram antecipadas, se comparado a anos anteriores. Os comércios, como supermercados, já começaram a oferecer os produtos antes mesmo do carnaval. Anteriormente, essas vendas só começavam depois do feriado.
A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estimulam que a Páscoa deve elevar a recuperação econômica do país e das cidades. Incentivando a comemoração da data mesmo em momento de isolamento social. E que deve-se estimular as vendas dos produtos com todo o cuidado e o respeito à saúde e à segurança dos clientes.
“A pandemia do coronavírus impôs um cenário difícil para todos nós. Seguir as recomendações de distanciamento social das autoridades públicas de saúde é necessário e importante, mas não podemos deixar que o isolamento nos traga desânimo”, afirma o presidente da Abicab, Ubiracy Fonsêca.
De acordo com a Associação, no último ano, mais de 67% dos lares brasileiros compraram ou ganharam produtos de chocolate. E é por isso que as indústrias de chocolate, assim como os pontos de venda, têm ampliado as opções de acesso ao consumidor, com o fortalecimento de canais de venda online, serviços de delivery e entrega por aplicativos.
O empresário de Agudos do Sul Mauro Negrelli disse em entrevista ao Jornal O Regional que as vendas do ano passado tiveram uma queda por conta da pandemia. “Ano passado nossas vendas já foram baixas”, diz. O empresário acredita que esse ano a tendência é diminuir mais ainda, pois, de acordo com Negrelli, os comércios já estão comprando menos ovos de chocolate.
Alternativa: uma mudança na estratégia de venda adotada pelo mercado Negrelli, é investir menos em ovos de chocolate e mais em caixas de bombom. “Esse ano nós compramos menos ovos e resolvemos investir em caixas de chocolate”, comenta. Negrelli afirma que faz a compra de ovos porque as pessoas procuram, por isso, mantém estoque mínimo.
Número de contratações: Mesmo em um cenário repleto de desafios, o ramo está com uma boa previsão. Estima-se que a indústria de chocolates contrate 12 mil colaboradores em regime de contratação temporária, o que revela um aumento de 4,8% em relação a 2020.
A aposta desse ano é a criação de kits que tenham brinquedos e brindes para a criançada. Os ovos de Páscoa contam com o crescimento da inflação e preocupam os empresários por conta dos custos e produção.
Tentativa de redução no preço dos produtos: para tentar deixar mais barato o produto, empresas tem investido na estrutura das fábricas. Hoje, apenas o cacau é feito em sua maioria no Brasil, enquanto o principal ingrediente é comprado fora do país e pago em dólar. Além da inflação, os produtores devem se preocupar com o sobe e desce do dólar.