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Pandemia causa desempregos e região fecha abril com saldo negativo de 1.136

Geração de empregos teve uma queda acentuada no último mês de abril em todo país. Foto: Geraldo Bubniak/AENA pandemia do novo coronavírus trouxe também uma crise econômica sem precedentes, derrubando o mercado financeiro e a geração de empregos. De acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, no mês de abril o país teve o saldo negativo de 860.503 entre admissões e desligamentos.

Esta tendência seguiu também no Paraná, que registrou neste período a perda de 55.008 empregos, número menor considerando estados vizinhos, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os quais tiveram saldos negativos de 73.111 e 74.686, respectivamente. Nas dez cidades da região, o mês de abril teve um déficit de 1.136, registrando 712 admissões e 1.848 desligamentos. Confira os números de cada município na tabela abaixo.

De acordo com a chefe em exercício do Departamento de Trabalho e Estímulo à Geração de Renda, Suelen Glisnki, os setores mais afetados foram comércio e serviços. “O Brasil vive um momento difícil devido à pandemia. O Paraná vem adotando medidas que têm buscado ajudar na abertura e manutenção de postos de trabalho”, destaca Suelen, salientando que o destaque positivo fica por conta da agricultura. “Este segmento teve no Estado um saldo de 482 novos empregos formados”, salienta.

Para a gerente da Agência do Trabalhador de Piên, Juliana Cachoeira Bueno Franco, abril foi o mês com mais registros de desligamentos no município. “As grandes empresas diminuíram a produção, seja pela diminuição da demanda ou mesmo pela dificuldade de obter matéria prima. Em maio, esta queda já apresentou uma estabilização”, detalha.

Com a retomada gradual das atividades industriais, a expectativa é de que a geração de empregos fique aquecida nos próximos meses. “A pandemia apresentando uma estabilidade, o mercado volta a produzir, já visando também as vendas de final do ano”, salienta Juliana, pontuando algumas dificuldades encontradas pelas pessoas para entrarem no mercado de trabalho. “O principal empecilho está no fato do interessado não ter o ensino médio completo. A falta de experiência muitas vezes tem sido um ponto maleável, no entanto, o estudo é um ponto muito exigido”, conclui.

Acumulado no ano – Após começar os dois primeiros meses aquecidos com a geração de emprego, o cenário da pandemia trouxe a todo país uma grande recessão. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o Brasil teve 4.999.981 admissões e 5.763.213 desligamentos, totalizando um saldo negativo de 763.232. Já o Paraná, que foi o estado que teve o menor número de demissões, o saldo negativo no quadrimestre ficou em 22.424.

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