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O que nossas escolas têm de diferente?

Nos últimos anos, estamos assistindo muitos questionamentos em relação à educação no Brasil. Os mais expressivos deles são a falta de investimentos, ausência de estrutura e baixa valorização dos profissionais. No entanto, há um outro aspecto que tem tomado maior relevância e pauta principal na área, a relação do aluno com escola e professor.

Muitos devem lembrar que durante a Copa do Mundo no Brasil aconteceu um fato que chamou atenção e ganhou espaço na imprensa. Foi quando a torcida do Japão, presente nos estádios para acompanhar sua seleção, ao fim dos jogos juntavam todo o lixo das arquibancadas. Mas essa foi uma atitude esporádica? Não. É algo cultural e que no Japão se aprende, inclusive, na escola.

Para os japoneses, desde os tempos mais antigos, escola e professores são respeitados e os alunos aprendem a cultivar o sentimento de amor e agradecimento às instituições e profissionais de ensino.
Percebam a diferença, enquanto no Brasil escolas que estimulam alunos a ajudar na limpeza das salas de aula são denunciadas, no Japão, atividades como varrer e passar pano no chão, servir merenda, fazem parte da rotina escolar dos estudantes. Eles aprendem desde pequenos a cuidar de um patrimônio público que será útil para as próximas gerações.

Nas escolas japonesas os alunos não aprendem apenas as matérias curriculares, eles vão além, com o estímulo de atitudes que os tornem cidadãos mais consciente. Um exemplo interessante é que na maioria das escolas não existem refeitórios. Os estudantes comem na própria sala de aula e são eles mesmos que organizam tudo e servem os colegas. Além da própria limpeza dos espaços.

Pois bem, por que no Brasil temos visto muitos alunos agredindo professores, colegas, e vandalizando seus próprios estabelecimentos de ensino? Por que essa é uma realidade cada vez mais presente por aqui e quase que inexistente em outros países? Há algumas reflexões que precisamos fazer com maior frequência.

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