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O Brasil está quebrado?

Não é novidade que o Brasil atravessa um período de crise e expressiva preocupação com o seu futuro, sobretudo com o número crescente do desemprego nos últimos anos. Não há a menor chance de proporcionar qualidade de vida e bem estar social para uma família que não consegue colocar alimento na mesa e garantir a manutenção básica da sua casa. O poder público, responsável por dar direção ao país, com sustentabilidade e progresso, tem falhado gravemente na sua função.

Nesta semana, por exemplo, tivemos duas notícias que mostram o tamanho da desigualdade em se tratando de concentração de renda e poder de investimentos no Brasil. Uma notícia fala dos lucros recordes das instituições bancárias. Enquanto que a outra conta que o investimento público no país caiu ao menor patamar dos últimos 50 anos e ficou em 1,17% do Produto Interno Bruto (PIB).

Ou seja, os bancos continuam lucrando bilhões ano após ano, esteja o país em crise ou não. Já os investimentos públicos, aqueles que podem melhorar a vida das pessoas, estão em queda livre. Segundo reportagem do Estadão, de São Paulo, a situação é tão grave que, no ano passado, o dinheiro aplicado pelos três níveis de governo não foi suficiente sequer para garantir a conservação de estradas, prédios e equipamentos que pertencem ao poder público.

O Produto Interno Bruto – que chamamos de PIB, é resultado de tudo que produzimos no país. Portanto, é possível fazer esse paralelo mostrando que quanto mais o trabalhador brasileiro produz, menor é a resposta do poder público. E isso se dá porque o custo da máquina pública está cada vez mais alto. Ao invés do dinheiro dos impostos ser usado para o progresso na nação, é utilizado para pagar salários e benefícios de políticos, servidores públicos, juizados, e tantas outras estruturas que compõem esse verdadeiro elefante branco que é o setor público brasileiro.
Por muitas vezes já ouvimos que o “Brasil está quebrado”. Podemos afirmar que se dependesse unicamente dos governos certamente seria essa a consequência. No entanto, graças a força do trabalho e do empreendedorismo dos brasileiros, ainda continuamos em pé. Muito castigados, mas ainda em pé.

A questão é; até quando? O Brasil necessita urgentemente de reformas estruturantes. A reforma tributária, a reforma da previdência, e a reforma política. Incluindo ainda, o fim da corrupção, a extinção de privilégios e a diminuição do estado. Não podemos mais viver apenas da retórica.

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