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Número de homicídios cai 14,3% no Paraná e 31,5% em Curitiba

Número de homicídios dolosos. Foto: Divulgação/Polícia CivilO número de homicídios dolosos (com intenção de matar) caiu 14,35% no Paraná nos três primeiros meses de 2017, em relação ao mesmo período de 2016. Neste ano, foram registrados 585 casos, contra 683 no primeiro trimestre do ano passado.

Em Curitiba a redução foi mais expressiva, de 31,5%, enquanto na Região Metropolitana da capital (RMC) a queda foi de 29%. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária nesta quarta-feira (03).

O governador Beto Richa comentou os números dos primeiros três meses do ano e afirmou que o Paraná está colhendo resultados dos investimentos e das ações para ampliar a segurança da população.

“Investimos na contratação de policiais, equipamentos, viaturas e inteligência, dentro do Paraná Seguro, o primeiro grande programa articulado de segurança já realizado no Paraná”, disse Richa. “A maior presença de policiais nas ruas e as ações sistemáticas das polícias resultam nesta redução dos homicídios”, completou.

O relatório revela que a capital e municípios do entorno tiveram os menores índices de homicídios para o período desde que começou a série histórica, há dez anos. Em Curitiba, foram registradas 100 mortes e nos municípios vizinhos 127 casos. A RMC concentra aproximadamente 40% do total de casos de homicídios dolosos registrados no Estado.

“A Polícia Civil e Polícia Militar têm trabalhado de forma incansável para reduzir a incidência criminal em nosso Estado. Tivemos ao longo de 2016 investimentos essenciais, feitos pelo Governo do Estado, que já estão impactando diretamente na redução dos homicídios”, explicou o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita.

Ele destaca a contratação de 3 mil novos soldados da PM, que reforçaram a segurança nas ruas em todo o Estado. Desde 2011, o Governo do Paraná contratou 10,8 mil policiais e adquiriu mais de 3,5 mil viaturas – além da locação de outros 250 veículos

Reduções – Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp), nas quais o Estado é dividido para fins de análise, 13 apresentaram diminuição expressiva no número de homicídios nos primeiros três meses de 2017.

Além de Curitiba, RMC e Litoral, no interior o índice de assassinatos caiu nas mais diversas regiões. Na de Foz do Iguaçu, a queda chegou a 40% e na região de Francisco Beltrão, a redução foi de 37,5%. No Litoral a queda foi de 21%.

Reduções também ocorreram nas regiões de Londrina (-16%), Umuarama (-24%) e Paranavaí (-17%), conforme aponta o relatório produzido pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Segurança Pública. Já regiões como Campo Mourão e Maringá tiveram aumento no índice, de 36% e 21%, respectivamente.

“O resultado deste primeiro trimestre de 2017 é uma resposta ao ano passado, que teve um leve acréscimo de 2,4% no número de homicídios em todo o Estado, comparando com 2015”, comparou o secretário Mesquita.

Repressão – “Desde o início do governo Beto Richa, em 2011, houve uma atuação muito intensa de repressão aos crimes de homicídios”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Júlio Cezar dos Reis. Ele destaca a criação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Curitiba, e a instalação de delegacias especializadas de homicídios no interior, além do trabalho integrado das polícias.

Para o delegado-titular da DHPP, Fábio Amaro, uma série de fatores contribuiu para a queda expressiva de assassinatos na capital. Ele destaca a reativação de um Disque-Denúncia específico da delegacia e as operações conjuntas entre as polícias Civil e Militar nos locais com maior incidência de homicídios. “Só nestes primeiros três meses de 2017, 29 suspeitos de assassinato foram presos pela DHPP”, informa.

Crimes patrimoniais – Outro foco da segurança pública em 2016 foi o combate aos crimes patrimoniais – furtos e roubos. Este índice criminal aumentou em praticamente todos os estados do País – alguns deles registrando acréscimo superior a 50%. No Paraná a taxa foi 9% superior a 2015.

“O ano de 2016 foi atípico para a área da segurança pública, muito por conta do clima de instabilidade do país e pela grave crise financeira, com reflexos em todos os estados da federação”, analisa Wagner Mesquita.

O secretário ressalta as medidas adotadas para combater os crimes contra o patrimônio, destacando a Operação Impacto que envolveu as forças de segurança de todo o Estado. “Houve um reforço de cerca de 800 policiais e 200 novas viaturas locadas somente nas ruas de Curitiba e região metropolitana”.

Viaturas – Ele afirmou que diante do resultado positivo da Operação Impacto, que ajudou de forma determinante a frear os casos de furtos e roubos, será ampliado o contrato de locação das viaturas da Polícia Militar para o interior do Estado. “Os veículos serão distribuídos conforme o mapa criminal”, adiantou o secretário.

A maior presença policial na rua foi determinante para frear os furtos e roubos no Paraná em 2016. Desde meados do ano passado, a corporação tem utilizado novas viaturas policiais, locados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. No início deste ano começaram a ser aplicados no policiamento os novos soldados contratados pelo Governo do Estado.

“Diuturnamente são feitas as rondas com motocicletas, viaturas, com embarcações e também a pé, em locais e horários pré-definidos pelo mapa do crime, para prevenir a criminalidade e contribuir com a redução dos índices estatísticos”, explica Mesquita. “As ações são feitas em parceria também com outras forças de Segurança Pública”.

Fonte: AEN

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