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Lojas de itens esportivos amargam acentuada queda no volume de vendas

Fabiana relata que a venda de chuteiras foi a que teve o maior impacto negativo. Foto: Arquivo/O RegionalEm meio a uma pandemia que fechou empresas e trouxe uma grande retração econômica, é difícil encontrar um segmento que não tenha sido impactado de forma negativa. Na parte comercial, as lojas de materiais esportivos vêm enfrentando uma queda acentuada no volume de vendas devido à interrupção de campeonatos.

Atendendo há mais de cinco anos em Piên, a 90’ Sport registrou uma diminuição de cerca de 90% nas vendas. “Este declínio foi puxado principalmente na linha de chuteiras, já que as atividades físicas coletivas estão suspensas”, relata a empresária Fabiana Cristina de Campos, citando que a interrupção das aulas também trouxe impactos negativos. “Calçados e outros itens eram bastante procurados pelos estudantes. Toda esta demanda foi cessada bruscamente”, lamenta.

Com a retomada das atividades das academias e a necessidade das pessoas realizarem exercícios físicos individuais, as vendas tiveram uma pequena retomada. “São itens de academia e roupas para caminhada e corrida”, conta Fabiana, que precisou renegociar o valor do aluguel. “Entramos em um consenso para ter condições de continuar com a loja funcionando. É o momento mais complicado já enfrentado e que exigirá de todos nós muita sabedoria e esforço”, ressalta.

Quem também vive situação semelhante é a loja Profit Sports, que foi inaugurada há cerca de um ano em Agudos do Sul. “Estávamos vindo em um crescimento mensal das vendas de cerca de 15%. No entanto, em março, que foi o primeiro mês da pandemia, tivemos uma baixa de 50% na procura”, recorda o funcionário Douglas Antonio Xavier dos Santos, salientando que este cenário prosseguiu com o fechamento recente do comércio. “Estes dias sem atendimento foi complicado e agravou ainda mais a parte financeira das lojas. Quando nos mantivemos abertos, a procura foi exclusiva para itens de esportes individuais”, conta.

Operando no vermelho nos últimos meses, a loja segue aberta porque também é representante da Copel no município, o que auxilia no custeio do aluguel. “Vivemos este momento incerto e todos os empresários vem buscando se manter firmes”, opina Douglas, que mantém a esperança para a retomada pós-pandemia. “Espero que isto seja breve, tanto pela saúde das pessoas, quanto em virtude da parte econômica. Acredito que este retorno deverá fomentar muitos segmentos do comércio”, finaliza.

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