Site icon Jornal O Regional

Ioeb aponta para necessidade de avanço das oportunidades na educação

Índice busca provocar discussões sobre as oportunidades que o sistema pode oferecer no setor. Foto: Arquivo/O Regional

Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb), que aborda sobre as condições de desenvolvimento educacional, aponta variação de 5,1 a 5,8 na avaliação das cidade da região

A educação é um setor que frequentemente passa por avaliações e coleta de informações que indiquem as demandas existentes e situações que precisam ser melhoradas para qualificar o ensino. Uma destas ferramentas é o Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb), que conta com dados públicos que apontam para a qualidade do ambiente educacional em um determinado local.

Divulgados recentemente pela Comunidade Educativa CEDAC, gestora do indicador, os resultados do Ioeb apontam que a mediana nacional ficou em 5,0, com uma alta de 0,2 ponto na comparação aos dados da última edição, em 2019, quando atingiu 4,8, e o Paraná passou de 5,3 para 5,4. Os indicadores traçam ainda o retrato dos dez municípios do suleste paranaense, variando de 5,1 a 5,8, com exceção de Agudos do Sul, que não pontuou na última edição, o que significa que um ou mais de seus sub indicadores não estão disponíveis.

A coordenadora do Ioeb na CE CEDAC, Renata Grinfeld, detalha que a intenção deste levantamento é provocar um debate intersetorial sobre as perspectivas que o sistema de ensino pode oferecer. “Este é um índice que busca um olhar para o território, não é de uma rede ou de uma escola, ele tem um olhar mais integral para ver as oportunidades que a localidade, dentro de uma perspectiva sistêmica, oferece”, comenta Renata, detalhando os critérios que constituem a avaliação, a qual considera números oficial, públicos e censitários. “O Ioeb é composto por indicadores de insumos e de resultados. Os indicadores de insumos contemplam escolaridade dos professores, jornada escolar, (média de horas/aula), experiência dos diretores e a taxa de atendimento na educação infantil nas redes públicas, e os indicadores de resultado consideram o Ideb dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e taxa líquida de matrícula do Ensino Médio. Além disso, no Ideb é feito um ajuste pelo background familiar, para aproximar o indicador do que se quer mensurar: o valor adicionado da educação oferecida às crianças e adolescentes do município/estado, neutralizando o efeito da maior ou menor escolaridade de seus pais”, explica.

Ao fazer uma análise do rankeamento local, a coordenadora ressalta que a maior parte dos municípios da região está no quadrante “atenção”. “Isso significa que estão acima da mediana, mas os quadrantes são feitos em dois eixos, um é o número do Ioeb da última edição e o outro é a variação dele nos últimos quatro anos. Os que estão em atenção indicam que estiveram mais estagnados desde 2017 e têm alguns municípios que estão no quadrante “otimizado”, ou seja, além de estarem acima da mediana, avançaram nos últimos quatro anos. Diante disso, há uma necessidade de implementação de ações para retomar os avanços”, pontua.

Renata enaltece ainda que o Índice oferece uma ferramenta de diagnóstico (disponível em https://ioeb.org.br/gestao/) que faz uma provocação para ampliar cada vez mais as oportunidades junto à comunidade escolar. “É uma ferramenta que favorece o regime de colaboração e direciona para a corresponsabilização, mais que o rankeamento entre os municípios, é a importância do olhar integral para o território e que provoca articulações intersetoriais para a educação”, finaliza

A secretária de Educação de Rio Negro, Vera Pfeffer Schelbauer, enaltece o trabalho desempenhado ao longo dos últimos anos para que o município pudesse alcançar o índice 5,8 no Ioeb de 2021. “Estamos contentes e otimistas de que estamos na direção certa. O empenho continua, visando melhorias, e pretendemos implementar ações que ajudem a avançar ainda mais. Uma delas será o lançamento do programa SuperAção, que pretende preencher as lacunas de aprendizagem causadas pela pandemia. É um trabalho de longa data e que vem apresentando resultados satisfatórios”, avalia.

Sair da versão mobile