Para possibilitar este investimento, a câmara repassou à prefeitura o valor de R$ 500 mil para desenvolvimento de ações ligadas à área da saúde e da assistência social no enfrentamento à pandemia. Em uma dessas frentes, o poder executivo destinou R$ 150 mil ao hospital, que vem fazendo uso deste recurso na compra e locação de equipamentos, além da aquisição de medicamentos e de itens para proteção individual da equipe de trabalho.
Segundo a gerente administrativa do hospital, Irene das Graças Piontkievicz Oliveira, diante da dificuldade em adquirir aparelhos devido ao mercado não atender a demanda, foi necessário realizar a locação de equipamentos pelo período de três meses. “Locamos um respirador de transporte, monitor cardíaco, desfibrilador e dois aspiradores cirúrgicos”, detalha.
Paralelamente, o hospital adquiriu um respirador de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cilindros de oxigênio e de ar comprimido, além de materiais necessários para intubação. “Com estes equipamentos, montamos três leitos em uma ala de enfermaria para atender pacientes em casos graves. Com toda esta estrutura, é possível estabilizar o paciente e dar todo o suporte para o deslocamento aos hospitais de referência aos casos da Covid-19”, explica Irene. O hospital também reservou outros três leitos para casos leves.
Além dos equipamentos, o hospital ampliou a compra de medicamentos e materiais de proteção individual. “São diversos itens que são necessários no tratamento dos pacientes e para dar o suporte que a equipe precisa. Até o momento, utilizamos cerca de R$ 130 mil do recurso extra que foi repassado”, conta Irene, lamentando o aumento no preço dos produtos. “Houve uma procura grande e os valores também extrapolaram. Um exemplo são as máscaras, a comum que antes era adquirida a R$ 0,50 a unidade e que agora está mais de R$ 5,00 e a cirúrgica que passou de R$ 8,00 para mais de R$ 30,00”, lamenta.
A gerência do Hospital Cristo Rei ressalta que os leitos próprios disponibilizados para o atendimento ao coronavírus somente serão ocupados caso as vagas nos grandes centros já estejam todas preenchidas, sendo uma medida de prevenção se houver uma superlotação no sistema de saúde.