Quanto às residências, é a partir dos próximos dias que as decorações deverão se intensificar. Em algumas cidades, há até concursos para incentivar os moradores a enfeitarem as suas casas.
Em Piên, a moradora Anésia Cavalheiro Pires está esperando o início do advento para montar a decoração. Ela é daquelas que sempre guarda com carinho os seus artigos e assim poder usá-los nos anos seguintes. “É difícil eu precisar comprar algum enfeite”, conta Anésia, tirando dos armários algumas sacolas e cestas. Ela enfeita um pinheirinho plantado em frente de casa e monta um presépio no jardim. “Enquanto eu puder quero manter esta tradição”, enfatiza Anésia, que aprendeu a arte há cerca de 70 anos num colégio de freiras em Rio Negro e que por muitos anos foi uma das responsáveis por fazer a decoração natalina na igreja matriz de Piên.
Já em Quitandinha, a Provopar disponibiliza uma lojinha para comercializar os produtos fabricados pelos alunos, professores e também pelos comerciantes do município. “Produzimos crochê, biscuit, tapetes, vinhos, artesanato com material reciclável, palha e pinturas”, contou a coordenadora Edilaine Silva. “Neste ano, toda a decoração do Natal Luz do município será realizada pela Provopar”, destaca Edilaine, ao lado das voluntárias Joceli Gomes e Rosany da Silva.
O tradicional enfeite dos pinheirinhos de Natal também movimenta as famílias. Há quem prefira as árvores sintéticas, por serem mais baratas e reaproveitáveis, mas cresce muito a procura por opções naturais. Como é proibido o corte da araucária, muitas pessoas estão usando os buxinhos como alternativa. Na comunidade de Palmitos, em Agudos do Sul, o agricultor Jacó Ciecilinski conta que a procura é grande nessa época. “Só nesse final de ano, vendemos cerca de 5 mil plantas, sem contar as que já haviam sido encomendadas e já foram vendidas”, comenta ele. Jacó poda os buxinhos em formato cônico, o que deixa a planta na forma de um pinheirinho.