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Fumicultores intensificam a colheita

Marcos José está preocupado com o excesso de chuvas dos últimos dias. Foto: Arquivo/O RegionalO trabalho no campo tem se intensificado nas últimas semanas com a colheita da safra do tabaco 2017/2018. Milhares de agricultores da região tem se desdobrado nesta fase da produção, a qual é uma das que mais exigem empenho e esforço.

Um dos fumicultores que está se dedicando à colheita do tabaco é Marcos José Grosskopf, da comunidade de Campina dos Crespins, em Piên. “Espero que os resultados com esta safra sejam positivos. Plantamos cerca de 50 mil pés e já colhemos duas estufadas, sendo que a qualidade do fumo está sendo boa”, comentou o fumicultor, avaliando que as constantes chuvas poderão comprometer a produtividade. “As chuvas em excesso podem prejudicar a colheita”, analisa.

Quem também está colhendo a produção é o fumicultor Celso Ribas, da localidade de Caí de Baixo, em Mandirituba. “Nesta safra plantei 40 mil pés e já colhi cinco estufadas, tendo outras cinco a colher”, estima Celso, salientando que as chuvas recentes apressaram a maturação da lavoura. “Isso tem feito com que a produção seja colhida conforme pedem as fumageiras”, pontua Celso, esperando que a comercialização seja realizada com preço justo. “Na última safra, a classificação foi muito rígida e as classes foram rebaixadas. Neste ano, a qualidade do fumo tem sido muito boa e esperamos que ao menos as empresas sejam justas na hora da compra”, salientou.

Para o inspetor de campo da Afubra, Vilmar Niser, a estimativa é de que cerca de 20% da produção na região já esteja colhida. “As lavouras se desenvolveram bem e a produtividade tem sido boa. Existe a preocupação, se as chuvas persistirem, de que o fumo de copa, que é o mais rentável, não encorpe como o esperado”, comenta Vilmar, repassando orientações. “Frisamos que é importante que a colheita aconteça no período correto de maturação. ”, alerta.
Granizo – Na última terça-feira, um temporal de granizo atingiu centenas de lavouras. Em Piên, cerca de 60 fumicultores das comunidades de Gramados, Quicé, Poço Frio e Campina dos Crespins acionaram o seguro da Afubra. Já em Rio Negro, o número de plantações afetadas foi de 40, nas comunidades de Lageado das Mortes, Cunhupã, Fazendinha, Laranjal e Retiro Bonito.

Reajuste do preço – As negociações entre as empresas fumageiras e as entidades que representam os fumicultores para o reajuste do preço tabela da nova safra estão em andamento. Nesta semana, a Souza Cruz assinou o protocolo para reajuste de 2,2% para esta safra, enquanto que as demais seguem sem acordo. “Infelizmente, nenhuma empresa chegou ao percentual mínimo de reajuste de 2,7% solicitado pelas entidades. Ficamos com um sentimento de frustração”, lamenta Vilmar. “Orientamos os agricultores a acompanharem a compra da produção. Também, sempre que possível, vamos fiscalizar este processo para garantir que o preço pago seja justo e rentável ao agricultor”, finaliza Vilmar.

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