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Fumicultores contabilizam grandes estragos após intensa tempestade

Celso mostra a lavoura que teve vários pés atorados ao meio em virtude da força e o tamanho das pedras de granizo. Foto: Arquivo/O RegionalAs condições climáticas deste ano estão deixando os agricultores apreensivos a cada chuva que se forma. Na última sexta-feira, os produtores de tabaco de vários municípios da região tiveram suas lavouras castigadas pelo granizo. Em alguns casos, os pés de fumo foram cortados ao meio devido à força das pedras.

Um dos produtores que tiveram prejuízos com o temporal foi Celso Quirera, da localidade de Caí de Baixo, em Mandirituba. “Em cerca de 35 mil pés de tabaco, que foram plantados em agosto, a perda foi de até 15 folhas por pé. Já na outra parte, de 15 mil, onde o plantio foi mais tarde, o dano foi menor”, estima Quirera, lamentando a tempestade. “A lavoura estava em pleno desenvolvimento, esperava iniciar a colheita na primeira semana de novembro. Infelizmente, estamos sujeitos a estes fatores, o que reforça a necessidade de uma valorização maior dos fumicultores”, desabafa.

Já na comunidade de Cerro Verde, em Quitandinha, o agricultor Orestes Karas relata que o granizo danificou toda a produção de 90 mil pés. “O avaliador da Afubra contabilizou uma perda de 10 folhas por pé. Uma quantia alta, mas, como não havíamos cortado a flor, a planta ainda deve reagir”, detalha Karas, contando que o seguro ajuda a custear as despesas com insumos. “Com este valor, ao menos parte das dívidas podem ser quitadas. Agora, esperamos que o tempo contribua e que seja possível colher o que sobrou na roça”, enfatiza.

De acordo com o inspetor de campo da Afubra, Vilmar Niser, cerca de 500 lavouras na região foram afetadas. “Estamos com 29 avaliadores a campo para atender os produtores, no entanto, a demanda é muito grande e pedimos que haja uma paciência maior”, solicita. Para Niser, o município mais afetado foi Quitandinha. “A intensidade do granizo foi muito forte e trouxe um grande estrago. Recomendamos que o fumicultor contate o orientador técnico e veja quais os procedimentos que deverá adotar, ressaltando que dentro de 10 dias a lavoura deve apresentar qual potencial terá de recuperação”, conclui.

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