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Duas semanas fervorosas

O dia 7 de outubro está cada vez mais próximo e agora, definitivamente, as pessoas vão começar a falar de eleição e dos candidatos. São seis votos e, como sempre, muitos brasileiros ainda não decidiram em quem votar e também não se deram conta que terão que apertar por seis vezes na tecla “confirma”. É curioso, mas há uma parcela enorme de eleitores que vão às urnas sem saber ao certo para quem estão votando e sem conhecer ou entender o que fazem ou farão os escolhidos para receber seus votos. São, sem dúvidas, eleitores menos instruídos e que votam por indicação de familiares, amigos ou troca de favores.

A obrigatoriedade do voto é um assunto que geralmente entra em debate no Brasil. Muitos entendem que ela é responsável pela eleição de muitos candidatos desqualificados ou detentores da compra de votos. Como votar continua sendo uma obrigação, cedo ou tarde, o eleitor precisa se preparar para ir até seu colégio eleitoral, mesmo que isso ocorra apenas no dia da eleição.

Falando do eleitor paranaense, há duas situações bem distintas em relação à eleição majoritária. No Paraná, especula-se a possibilidade da definição se dar já no primeiro turno. Pelo menos é que o dizem as duas últimas pesquisas que foram a público, uma inclusive nesta semana. Já a eleição presidencial caminha para dois turnos e, surpreendentemente, como uma polarização que não estava no roteiro, entre esquerda e extrema direita.

As duas próximas semanas serão fervorosas, com os candidatos tentando chegar no maior número de eleitores possíveis. Acredita-se que nesta eleição o efeito das redes sociais e dos aplicativos de mensagens seja bem maior que nas anteriores. Fato bom ou ruim. Ruim pelo volume das chamadas fake-news – as notícias falsas – e bom pela possibilidade da disseminação das informações. Hoje, e cada vez mais, o eleitor é informado dos desvios e crimes praticados pelos políticos a todo instante, e com isso podem ou não continuar votando neles (maus políticos).

Com todos os escândalos que o Brasil vivenciou nos últimos anos, a eleição de 2018 chegou com símbolo de esperança, e por dois motivos de tamanha expressividade: o combate à corrupção e a retomada do emprego. O país naufragou numa crise sem precedentes e hoje calcula-se que há 25 milhões de pessoas sem trabalho. Entre mercado formal e informal. Não sabemos, porém, se toda essa expectativa em relação a um novo governo será mantida pós-eleição. Dependendo do resultado das urnas, o cidadão brasileiro poderá ficar mais ou menos esperançoso.

Teremos, portanto, duas semanas de muitos discursos, propostas e acusações. E o eleitor brasileiro, interessado ou não, preocupado ou não, fará suas escolhas.

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