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Diagnóstico precoce é essencial para o tratamento do câncer infantil, diz médica

Diagnóstico e tratamentos adequados favorecem para aumentar as chances de cura da doença. Foto: Camila Hampf

Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, lembrado em 23 de novembro, reforça os cuidados e o atendimento adequado. Região tem cerca de 10 crianças em tratamento oncológico

Anualmente, milhares de novos casos de câncer infanto-juvenil são detectados em todo o país. Para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, órgãos de saúde celebram, anualmente, em 23 de novembro, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de um a 19 anos, além de 8.460 novos casos da doença ao longo do ano. Números obtidos junto às Secretarias Municipais de Saúde nos municípios da região apontam que são, atualmente, cerca de 10 crianças em tratamento contra a enfermidade.

A oncologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe, instituição referência no tratamento oncológico em crianças e adolescentes no país, Ana Paula Kuczynski, conta que entre alguns dos tipos de cânceres mais comuns nesta faixa de idade estão leucemias agudas, tumores de sistema nervoso central e linfomas. “Os sintomas dependem de cada tipo de câncer. Por exemplo, as leucemias, que são as mais comuns, geralmente é quadro agudo, em que a criança pode ter dor, geralmente nas pernas ou dores generalizadas, febre, sintomas de anemia, com cansaço e palidez. Também é comum a presença de manchas do corpo, em consequência da diminuição das plaquetas, e o aparecimento de ínguas”, comenta.

Segundo a médica, havendo a suspeita da doença, é indispensável o encaminhamento rápido para atendimento especializado. “É muito importante que a criança seja encaminhada rapidamente, pois é fundamental o diagnóstico precoce para elevar as chances de cura”, detalha Ana Paula, elencando que alguns cuidados devem ser adotados ainda na gestação visando o desenvolvimento saudável da criança. “Principalmente nos primeiros três meses de gravidez, a mãe não deve ficar exposta a pesticidas, agrotóxicos, fungicidas, não pode ingerir bebidas alcoólicas, não deve fumar. Esses cuidados se estendem pelos próximos meses da gestação, mas em especial os três primeiros são fundamentais e é importante a gestante ter uma alimentação balanceada, ter atividades físicas e sono adequado, pois tudo isso pode contribuir para que o bebê tenha uma vida saudável já nos primeiros anos de vida”, orienta.

A médica enaltece ainda a importância do suporte da família da criança em tratamento oncológico “A união e o apoio da família são fundamentais para que ela tenha um tratamento que seja menos sofrido, tentando acalmar e incentivar sobre a importância de tratar a doença. Por mais grave que seja o diagnóstico, tem a questão do psicológico, mantendo o pensamento positivo, que tudo vai dar certo, que existe o tratamento e que a criança vai ficar bem”, conclui.

 



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