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Dia Mundial do Doador de Sangue reforça a necessidade do gesto

Uma atitude que parece ser tão simples, mas com o poder de salvar vidas. Este é o ato de doar sangue, no qual o doador ajuda a manter os estoques nos hemocentros e, principalmente, leva esperança e saúde a quem mais precisa.

Para reforçar a importância da doação de sangue e incentivar que mais pessoas contribuam com esta ação, foi celebrado na última segunda-feira o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data, instituída por meio da Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com demais órgãos de saúde, também é uma forma de agradecer os doadores de sangue pelo gesto.

A diretora do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Liana Andrade Labres de Souza, ressalta que os pacientes que estão em tratamento médico que necessitem transfusão precisam dos estoques dos bancos de sangue para ter o restabelecimento de sua saúde. “Não existe um substituto para o sangue”, reforça.

Segundo Liana, em meio ao cenário da pandemia de Covid-19, houve uma diminuição acentuada tanto nos estoques do hemocentro quanto nos doadores, motivada, em tese, pelo medo dos doadores em relação ao vírus. “A rede Hemepar está trabalhando com agendamento e não há aglomeração de pessoas, é tudo bem seguro. Além disso, há quem ache que irá dar sangue e ficar com o sistema imunológico mais fraco e mais suscetível a se contaminar. Não fica, porque nós fazemos toda uma análise do doador, com entrevista e triagem hematológica e se ele tem um quantitativo a mais de sangue ele vai doar e se ele estiver dentro do limite para ele, não doa”, detalha a diretora, pontuando que entre os principais tipos sanguíneos com estoques mais críticos e que demandam de reposição frequente estão o O-, O+ e A-. “Esses são os tipos que mais precisamos, mas todos são necessários”, enaltece.

Liana esclarece ainda que cidadãos que contraíram o coronavírus podem doar sangue 45 dias após o resultado positivo por meio do teste PCR. “A pessoa pode se tornar doadora de sangue e de plasma, que é um plasma rico em anticorpos e que vamos liberar para os pacientes que estão no início do tratamento contra a Covid-19”, explica a diretora, pontuando os critérios para se tornar um doador. “Os principais são ter mais de 51 quilos, estar bem de saúde, estar bem alimentado e hidratado, possuir um documento oficial com foto no dia da doação. Não pode estar fazendo tratamento dentário, usando antibióticos e não pode ter associação de muitas medicações”, ressalta.

Por fim, Liana considera a doação de sangue como uma atitude nobre e também como uma forma de refletir sobre a condição de saúde. “É um gesto de solidariedade e que aquece nosso coração”, finaliza.

Ana Caroline Cardoso fez sua primeira doação de sangue há quatro anos e, desde então, tem buscado se manter em dia com a iniciativa. “Cresci ouvindo sobre a importância de doar sangue devido a um caso de Talassemia Major que temos em nossa família, o qual necessita de transfusões constantes. Sempre tive o desejo de doar e quando surgiu a primeira oportunidade, não pensei duas vezes. Na mesma ocasião também fiz meu cadastro no banco de doadores de medula”, conta.

Segundo Ana Caroline, suas experiências foram muito tranquilas e seguras. “Não senti dor e nenhum tipo de desconforto”, detalha a doadora, reforçando a importância da ação. “A doação de sangue salva vidas e ajuda pacientes de doenças crônicas graves que necessitam de reposição ou transfusão. Em tempos de pandemia, o volume doado diminuiu, mesmo a doação sendo muito segura, mas a necessidade permanece igual ou até maior. Quando fazemos o bem a outras pessoas, fazemos também a nós mesmos. Doar sangue é doar vida”, conclui.

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