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Dia do Policial lembra a importância destes profissionais para a sociedade

Ana Cláudia ingressou na PM aos 21 anos

A Lei 13.449/2017 institui o Dia Nacional do Policial e foi sancionada pelo presidente Michel Temer há 4 anos. A data remete ao dia 24 de junho de 1997, dia em que o cabo Valério dos Santos Oliveira foi atingido quando tinha 36 anos, por bala perdida durante um protesto da Polícia Militar por melhores condições de trabalho e de salário, em Belo Horizonte. O militar morreu em decorrência do disparo.

A cabo Ana Cláudia Ferraz ingressou na Polícia Militar do Paraná no ano de 1996, aos 21 anos. Hoje, aos 45 anos, já está aposentada. “Ingressei nas fileiras da corporação do Hospital da Polícia Militar do Paraná, e atuei na área da saúde, porque já era formada em técnica de enfermagem”, conta. A cabo trabalhou todos os anos da sua vida profissional dentro do HPM.

A cabo deu baixa na carreira militar há um ano. Durante sua vida profissional passou por problemas de depressão. “Na minha carreira tive um quadro depressivo, no ano de 2003, fiquei afastada por três meses”, conta.

Em 2017, a cabo teve um quadro de transtorno de ansiedade generalizada. “Tive sintomas como ataque cardíaco, ansiedade e queda de cabelo”, comenta. Ana considera que os problemas surgiram por conta de questões do trabalho. Ana conta que foi transferida de setor. “Estava bem estressada por conta do trabalho”, conta.



Ana Cláudia Ferraz poderia trabalhar até 30 anos, mas preferiu se aposentar antes por conta da saúde física. “Por questões de qualidade de vida, optei por pedir a reserva remunerada, mesmo com salário reduzido”, afirma.

A cabo considera que três pilares são fundamentais para a sociedade, sendo saúde, segurança e educação. “Nós não trabalhamos só no combate de algo, muito pelo contrário, trabalhamos para a prevenção. Cuidar e zelar pela vida humana, é um dos nossos principais desafios”, argumenta.

O sargento Ricardo Horning de Oliveira ingressou na Polícia Militar em março de 2001, como soldado. Foi promovido a cabo em um concurso interno de graduação no ano de 2006, e em 2010, a sargento. Oliveira atua desde o ano de 2001 na Fazenda Rio Grande.

Sargento Horning ingressou na PM em 2001

O sargento afirma que busca se dedicar diariamente à profissão que escolheu e conta um pouco sobre a sua rotina. “O trabalho do Policial Militar é um trabalho de dedicação exclusiva, onde geralmente cumpro escalas de 12h, trabalhando finais de semana e feriados, podendo ainda ser convocado nos horários de folga”, comenta.

Oliveira afirma que mesmo com todos os riscos da profissão, seu trabalho é gratificante. “Tenho a oportunidade de fazer o bem ao próximo, pois a atividade do policial vai muito além de apenas aplicar a lei” afirma. O sargento defende que na maioria das vezes o policial acaba atuando mais na prevenção de crimes, na orientação e intermediação de conflitos.

O sargento afirma que um dos desafios da sua profissão é a falta de leis mais rígidas e comenta que defende uma participação maior das pessoas, da comunidade na segurança pública, o que atribui como uma responsabilidade de todos.

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